Situação dos mananciais de São Paulo pode se agravar ainda mais

Enquanto os termômetros batem o recorde de frio nas capitais do Rio de Janeiro e São Paulo, no interior do estado paulista, o nível dos mananciais bate recordes de falta de água. Segundo especialistas, entre os meses de agosto e setembro, o tempo vai ficar ainda mais seco e quente o que deve aumentar o consumo de água tanto no campo quanto nas áreas urbanas. A situação dos reservatórios deve se complicar ainda mais.

- Teremos uma demanda evaporativa que diminui o nível dos mananciais - afirma o meteorologista Celso Oliveira.

Segundo Oliveira, apenas no decorrer de outubro que as chuvas devem começar se regularizar no sudeste, sendo que o próximo verão deve ter volumes entre 150,0 a 200,0 milímetros acumulados no interior de São Paulo, por exemplo, valor que ainda fica abaixo da média.

Nesta sexta-feira uma frente fria consegue avançar para o Sudeste. No entanto, o sistema vai passar mais pela costa e deixar o tempo mais nublado do que com chuva entre o oeste do rio de janeiro e em todo o litoral do estado de São Paulo. Os acumulados serão mais significativos nas regiões próximas da divisa entre os dois estados. A aproximação do sistema provoca ventos fortes no litoral, no interior de São Paulo e no Sudeste de minas gerais.

Os efeitos da atuação desta frente fria no Sudeste serão bem semelhantes aos que ocorreram nos últimos dias, com ventos fortes e queda das temperaturas, porém esta última será com menor intensidade.

Nas demais áreas da região, o tempo fica firme e ensolarado, com amplitude térmica alta, ou seja, pela manhã as temperaturas ficam baixas e na parte da tarde faz calor, principalmente no oeste paulista e nas regiões mais ao norte de minas gerais. A umidade do ar no interior mineiro fica baixa com valores abaixo dos 35,0%. Para a agricultura e para o nível dos reservatórios, esta frente fria não traz mudanças significativas.

Fonte: Canal rural. 7 de julho de 2014.