Agro exporta quase US$50,0 bilhões no primeiro semestre

Em junho as exportações da agropecuária conseguiram um bom resultado superando o mesmo período de 2013. As exportações, com receita de US$9,61 bilhões cresceram 4,7% se comparadas com o ano passado. O saldo na balança do setor de junho foi de US$8,40 bilhões, um crescimento de 6,3% em relação a junho de 2013, graças também às importações brasileiras que diminuíram 3,8% no mês.

O valor exportado acumulado no ano, com (US$49,10 bilhões, teve queda de 0,9% O saldo positivo acumulado no ano foi de US$40,80 bilhões, 1,2% menor que o mesmo período do ano passado.

Os demais produtos brasileiros fora do agronegócio tiveram uma expressiva e preocupante queda de 9,2% nas exportações (de US$11,90 bilhões em 2013, para US$10,80 bilhões em 2014), o que levou a participação do setor nas exportações alcançar incríveis 47,0% em relação às exportações totais do Brasil, ou seja, o agro foi responsável em mais um mês por quase metade de tudo que o Brasil exportou.

O saldo da balança comercial brasileira se recuperou e apresentou um superávit de US$2,37 bilhões no mês de junho, porém no acumulado do ano o país teve um déficit de US$2,49 bilhões. Se não fosse o agronegócio, a balança comercial brasileira teria um déficit de US$43,30 bilhões acumulados no ano, ou seja, mais uma vez o agro evitou um desastre maior na economia brasileira.

Neste junho, os 10 campeões no aumento das exportações em relação a 2013 foram respectivamente: farelo de soja (aumentou US$ 299,9 milhões em relação a junho de 2013), café verde (US$159,90 milhões), soja em grãos (US$136,20 milhões), carne bovina in natura (US$84,20 milhões), carne suína in natura (US$68,90 milhões), couros/peles bovinos preparados (US$28,00 milhões), outros couros/peles bovinos curtidos (US$24,5 milhões), celulose (US$22,10 milhões), arroz (US$16,20 milhões) e algodão não cardado nem penteado (US$15,30 milhões). 

Estes 10 juntos foram responsáveis por um aumento de aproximadamente US$855,10 milhões nas exportações do agro de junho.

A variação dos preços médios (US$/tonelada) foram as seguintes: carne suína in natura (56,9%), outros couros/peles bovinos curtidos (35,1%), café verde (16,9%), farelo de soja (11,9%), couros/peles bovinos preparados (11,6), carne bovina in natura (8,5%), algodão não cardado nem penteado (6,0%), soja em grãos (-2,0%), arroz (-9,9%) e celulose (-13,4%).

No cenário dos mercados de destino dos produtos do agro brasileiro, os 10 principais países que mais cresceram suas importações foram: Rússia (US$190,50 milhões a mais que em junho de 2013), Venezuela (US$179,30 milhões), Países Baixos (US$178,40 milhões), Estados Unidos (US$168,90 milhões), França (US$106,80 milhões), Emirados Árabes (US$70,80 milhões), Espanha (US$65,00 milhões), Alemanha (US$62,90 milhões), Romênia (US$46,40 milhões) e Irã (US$41,90 milhões). Juntos, estes dez países que mais cresceram, foram responsáveis pelo aumento de US$1,11 bilhão.

Estamos esperançosos, mesmo com uma anunciada supersafra nos EUA, aguardando aumento dos volumes exportados, bem como na recuperação da China nas importações brasileiras. Somado a isso, ainda temos grãos armazenados, a safra de cana de açúcar já começou e temos um dólar no patamar dos R$2,30. Cabe ainda nossas esperanças nos países em desenvolvimento que cada vez mais são importantes para as exportações do Brasil, quem sabe ainda dá para passar de US$100,00 bilhões em 2014.

Fonte: DCI. 01 de julho de 2014.