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Scot Consultoria

Índice da FAO aponta queda de preços de alimentos no mundo, preços da carne continuam estáveis


Terça-feira, 10 de junho de 2014 - 09h26

As desvalorizações de lácteos, cereais e óleos vegetais foram determinantes para um novo recuo na "inflação dos alimentos" no mundo em maio. Pelo segundo mês consecutivo, o índice de preços globais de alimentos da FAO, o braço das Nações Unidas para agricultura e alimentação, caiu em relação ao mês anterior.


A retração foi de 1,2%, ou 2,5 pontos, para 207,8 pontos. Em relação ao mesmo mês de 2013, a queda foi ainda mais acentuada - de 3,2%.


O indicador específico do segmento de cereais ficou em 204,4 pontos em maio, com um forte recuo de 30 pontos, ou 13,0%, sobre o mesmo mês do ano passado.


Em relação a abril, a queda foi de 2,4 pontos, ou 1,2%. O resultado refletiu a retração das cotações internacionais do milho, que sofrem a pressão da estimativa de mais uma colheita robusta nos EUA.


Em linha com o que ocorre com o milho, a previsão de uma abundante oferta de soja no mundo também influenciou o arrefecimento da inflação dos alimentos em maio.


Se essa tendência de grande oferta de grãos nos EUA se confirmar, as cotações globais de commodities como soja, milho e trigo tendem a aprofundar a tendência de queda que já começou a dar o tom nesses mercados.


O elevado nível de esmagamento de soja, ao lado de uma grande produção de palma no Sudeste Asiático, pressionou os preços dos óleos e, por consequência, o índice de óleos vegetais medido pela FAO caiu 3,7 pontos (1,8%) em maio na comparação mensal e 1 ponto (0,5%) na variação anual.


A desaceleração dos preços globais no mês passado também teve o peso da queda no indicador de lácteos, que recuou 12 pontos (5,0%) no mês e 14,6 pontos (5,8%) na comparação anual.


Já o índice para carnes se manteve praticamente estável ante abril em 189,1 pontos, mas subiu 5,0% na comparação com maio do ano passado.


O único índice que registrou elevações em maio foi o de açúcar - 9,3 pontos (3,7%) ante abril e 9,2 pontos (3,7%) na comparação com o mesmo mês de 2013, para 259,2 pontos.


Uma possível escassez da commodity no próximo ciclo, aliada aos prováveis efeitos negativos do fenômeno El Niño sobre a produção contribuíram para essa valorização.


Fonte: Valor Econômico. 9 de junho de 2014.



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