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Scot Consultoria

Laboratórios estimam prejuízo de R$500,0 milhões com proibição de avermectina de longa duração


Terça-feira, 10 de junho de 2014 - 09h25

A Associação Brasileira dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais (ALANAC) estima prejuízo de R$500,0 milhões para o setor veterinário, com a proibição da produção, comercialização e utilização das avermectinas de longa ação para uso veterinário, estabelecida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).


O produto é o mais utilizado para o controle dos parasitas internos e externos, como os carrapatos, e representa, em média, 30,0% do faturamento das empresas farmacêuticas nacionais que atuam no mercado veterinário.


Produtores rurais criticam medida governamental que proíbe avermectina


De acordo com o diretor executivo da entidade, Henrique Tada, a medida não ouviu os setores veterinário e pecuaristas.


- São mais de 60 laboratórios prejudicados, entre nacionais e multinacionais - salienta Tada.


O Brasil é o maior exportador mundial de proteína animal em volume. Parasitas como o carrapato impedem a engorda dos animais no tempo adequado, aumentando os custos da produção. A proibição do produto pode afetar a produtividade dos pecuaristas, segundo a ANALAC.


- Deixaremos de ter um preço competitivo no cenário mundial - antecipa Tada.


Segundo a associação, a proibição se deu por uma decisão do governo americano, que alterou os critérios de determinação de resíduos, diminuindo os limites de aceitação na carne para o consumo humano. Entre todos os países que importam carne brasileira, a participação dos Estados Unidos responde por menos de 5,0% das exportações, tendo em vista que o país é também um grande produtor, e só importa carne enlatada.


A AlANAC teme que com a saída destes antiparasitários de longa ação do mercado, a maior parte dos pecuaristas ficará sem proteger o seu rebanho adequadamente. A aplicação destes antiparasitários de longa ação acontece, principalmente, duas vezes ao ano, aproveitando-se da aplicação da vacina contra febre aftosa.


A ALANAC deve se reunir nesta terça, dia 10/6, com o MAPA para discutir a questão.


Bem estar animal


De acordo com um artigo publicado no Star-Tribune, de Minnesota (EUA), a Cargill anunciou que eliminará o uso de gaiolas de gestação para suínos em suas unidades próprias até 2015 e nas unidades de seus fornecedores contratados até 2017. A Cargill é a maior empresa privada dos EUA.


- A decisão da Cargill nos aproxima do dia em que as gaiolas de gestação serão uma relíquia do passado na indústria suína. Os americanos não apoiam a prática de confinar animais em gaiolas que têm praticamente o mesmo tamanho de seus corpos. A Cargill está certa em liderar a descontinuação dessa prática na indústria - diz o vice-presidente de animais de produção da ONG de proteção animal HSUS, Paul Shapiro.


A política da Cargill dá continuidade a vários outros anúncios similares de mais de 60 das maiores empresas alimentícias nos EUA, como McDonalds e Costco, declarando planos de eliminar o confinamento em gaiolas em suas cadeias de fornecimento.


Outros grandes produtores de suínos nos EUA também já anunciaram planos similares. A Smithfield Foods, maior produtor mundial, anunciou planos de eliminação de gaiolas de gestação em toda sua cadeia até 2022, e a Tyson Foods disse que "futuros sistemas de alojamento para matrizes" devem permitir que elas possam se virar.


Fonte: Canal Rural. 9 de junho de 2014.



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