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Boi: missão vai ao Peru e ao Irã tentar destravar comércio


Terça-feira, 20 de maio de 2014 - 09h24

Ministério da Agricultura enviará até a próxima quarta-feira (21/5) ao Peru e ao Irã comitivas de técnicos da área sanitária para prestar esclarecimentos sobre o recente caso atípico de Mal da Vaca Louca identificado em Mato Grosso.


No Peru, que embargou a importação da carne produzida em todo o Brasil, a expectativa é reverter a barreira. Já no Irã, a equipe tentará esclarecer a situação após frigoríficos brasileiros terem reclamado sobre eventuais problemas para ingressar com o produto no país do Oriente Médio. O Egito também alegou a ocorrência do caso atípico de vaca louca para embargar a importação, mas nesse caso apenas de Mato Grosso.


A Agricultura tenta agendar uma reunião com as autoridades sanitárias no Cairo. Segundo o ministério, Egito e Peru foram os únicos países a adotarem alguma restrição oficial à carne brasileira em razão da vaca louca do Mato Grosso.


O Egito importou cerca de US$463,7 milhões em carne do Brasil no ano passado, com 133,0 mil toneladas de produto in natura, o que lhe rendeu o posto de quarto maior importador. Já o Irã é o sexto maior parceiro comercial, com volume de US$266,3 milhões em carne in natura no ano passado. Em volume, o Peru é um parceiro com menos peso na pauta de exportação do Brasil, tendo movimentado US$3,0 milhões em carne industrializada e miúdos em 2013.


A Arábia Saudita é um dos poucos países que mantém embargo para a carne brasileira. O país do Oriente Médio fechou o mercado para o produto brasileiro em 2012, depois que houve um caso de vaca louca no Paraná. Apesar da decisão da Arábia se manter, Agricultura acredita que eliminou as dúvidas dos principais compradores do produto brasileiro depois de ter enviado voluntariamente um esclarecimento do caso de Mato Grosso.


A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, na sigla em inglês) confirmou, há dez dias, como "atípico" o caso de encefalopatia espongiforme bovina (EEB) no estado. O parecer da OIE afastou a hipótese de o animal morto ter contraído a doença pela ingestão de alimento e também descartou surto no país, uma vez que o animal desenvolveu a doença naturalmente por causa da idade - a vaca louca é uma doença neurológica mais comum, quando atípica, em bovinos acima de 7 anos de vida.


Já o caso "clássico" da doença ocorre em rebanhos mais jovens, de até 7 anos, que é a média de idade-limite dos animais comercializados no mercado. Nesses casos, a enfermidade pode ser causada pela alimentação à base de farinha de osso e carne.


Fonte: Estadão Conteúdo. 19 de maio de 2014.



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