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Bancada Rural discute crise na produção de café


Terça-feira, 25 de março de 2014 - 09h18

A Bancada Rural discute o momento de crise que a cafeicultura brasileira está passando. O clima no início deste ano não foi bom para produção de café no Sudeste do país. A estiagem prejudicou o desenvolvimento das lavouras e as perdas podem chegar a 30,0% em São Paulo. Já em Minas Gerais beira aos 80,0%, onde além do clima, a broca do café contribuiu para destruição das lavouras.


A soma desses fatores alerta o setor para a possível redução de oferta na safra 2014/2015, que já reflete na alta dos preços.


O diretor do departamento de Café do Ministério da Agricultura, Jânio Zeferino da Silva, destaca que o governo já está preparando liberação de linhas de crédito para ajudar o cafeicultor.


- O ministério está avaliando a extensão efetiva dos impactos do verão na produção da safra 2014/2015 e da safra 2015/2016. Sabemos que haverá impacto, a CONAB está fazendo levantamento de campo para medir isto. Estamos preparando a liberação das linhas de financiamento para esta safra, já está no Conselho Monetário Nacional (CMN) o orçamento recorde de crédito no valor de R$3.800,0 bilhões para custeio, comercialização, compra de café pelos exportadores, recurso para indústrias de café solúvel, torrado e moído. Desta forma, antecipando recursos, o produtor não irá precisar vender café agora e contribuir para perda de preço do produto no futuro. Vamos planejar ações para os próximos dois anos - salienta Silva.


De acordo com o cafeicultor, Luiz Hafers, é preciso aumentar a interlocução entre governo, exportadores, consumidor e produtores.


- É preciso montar um quadro a longo prazo. Estamos vivendo uma total ruptura do passado. Acredito que o Brasil vá ficar importante em café. Para isso, precisa produzir 50,0 milhões de sacas por ano, porém este ano não vai produzir, mas acredito que podemos chegar perto - diz Hafers.


Segundo Ivan Wedekin é preciso esperar o levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB). Para ele, uma quebra de safra dessa magnitude, de até 50,0% em algumas regiões, teria um impacto ainda maior nos preços.


- Antes de acreditar nesses números que estão sendo ditos, prefiro aguardar a avaliação da CONAB. É difícil já prever uma quebra não tão grande e dizer que já compromete a safra do ano que vem. Acho exagero - diz Wedekin.


Fonte: Canal Rural. 24 de março de 2014.



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