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Minas quer estimular exportação de café processado


Sexta-feira, 6 de setembro de 2013 - 09h20

O governo de Minas Gerais diz que é hora de o país buscar uma valorização do café. Isso é bom para o estado, maior produtor nacional, e para o país, principal produtor e exportador mundiais.


Essa é uma bandeira que o governador Antonio Anastasia (PSDB) vai levar adiante na próxima semana, quando Belo Horizonte será palco da Semana Internacional do Café, evento que incluirá a reunião de 50 anos da Organização Internacional do Café (OIC)


"O país precisa avançar nas exportações de café processado. É um trauma que precisamos reverter", diz Anastasia. O Brasil é o segundo maior consumidor mundial, mas o produto processado de alta qualidade vem de fora, via cápsulas, diz ele.


Um dos objetivos do governo de Minas Gerais é investir na qualidade e na certificação do café produzido, mas é importante também que esse produto seja processado internamente. O estado deverá ter até o próximo ano pelo menos 2 mil propriedades auditadas conforme parâmetros internacionais.


O governo mineiro está destinando R$100 milhões do Fundo do Café para investimentos que estimulem a produtividade e a qualidade.


E o estado está pronto para elevar o processamento e a agregação de valor no setor. Há negociações bem avançadas entre o governo mineiro e uma das gigantes mundiais do setor para a instalação de uma fábrica em Minas Gerais. O governador não quis informar o nome da empresa.


Minas Gerais tem bons motivos para buscar uma solução para esse setor, que atravessa sérias dificuldades.


Em 2012, o café representou 9% do PIB do estado e as receitas com as exportações do setor atingiram US$3,8 bilhões, quase metade das obtidas com o agronegócio.


A agregação de valor passa por alguns entraves. Primeiro, é preciso romper a barreira dos europeus que dificultam a entrada do produto processado. Segundo, deverá haver uma mudança interna de cultura, uma vez que o país não permite a entrada de café verde, importante na formação do blend exigido pelos consumidores mundiais.


Além disso, são necessários um forte canal de distribuição no exterior e a formação de uma marca forte.


Fonte: Folha de São Paulo. Por Mauro Zafalon. 5 de setembro de 2013.



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