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Pecuária de corte em Mato Grosso é afetada com más condições das estradas


Quinta-feira, 23 de maio de 2013 - 09h10

O péssimo estado das estradas do norte de Mato Grosso atrasa a chegada da integração entre lavoura e pecuária, além de impedir o avanço da agricultura e das cadeias produtivas já consolidadas. A expedição da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), o Acrimat em Ação, chega à região de Alta Floresta, cidade pólo para a pecuária de corte da região.


A carga de madeira vai para cidade de Campinas com lentidão. Essa é a rotina de quem precisa passar pela MT 208. Chegar ao município de Alta Floresta, a 800km de Cuiabá, é um exercício de paciência para os motoristas.


- A estrada está péssima, prejudica a mecânica e os pneus. Há dez anos prometem asfaltar e nada. Cada vez que vou ao mecânico são R$2,00 mil. Infelizmente, tenho que cobrar a mais no frete - conta o caminhoneiro Vanderlei Oliveira.


O gado transportado vivo perde valor. Nos 150km que separam a região produtora de Bandeirantes dos frigoríficos, os caminhoneiros enfrentam dificuldades ao cruzar pontilhões de madeira. As pedras prejudicam os pneus e há casos em que os animais morrem antes de chegar aos abatedouros.


- Convivemos diariamente com isso. Há muitas pedras na estrada que cortam os pneus. Dirigimos devagar e, às vezes, paramos para conferir se está tudo bem com a carga. Quando chove é ainda pior - diz o caminhoneiro Marcos Guimarães Donzeli.


A estrada está tão precária que chegou a ficar interditada. O trânsito foi retomado há menos de um mês. Os produtores da região ainda contabilizam os prejuízos com o gado que não foi levado para o abate. Situações como estas dificultam o planejamento de custos da propriedade.


- Nos meses de março e abril não passaram caminhões na estrada, o frigorífico não tinha como carregar. O pouco asfalto que tem, já está causando problemas - relata Orlando Figueiredo Silva, presidente do Sindicato Rural Nova Monte Verde.


O mesmo ocorre nas rodovias estaduais como a MT 220 e a MT 160. Segundo o prefeito de Apiacás, Adalto Zago, o governador do Estado prometeu previsão orçamentária de pavimentação dessas rodovias ainda para este mês.


A gravidade do problema das rodovias é tanta que a indústria também busca soluções junto com os produtores, já que estrada ruim reflete no baixo preço pago ao produtor no extremo norte do Estado.


Fonte: Canal Rural. Por Eduardo Silva. 21 de maio de 2013.



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