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Abipecs revisa volume exportado de carne suína para estável em 2013


Quarta-feira, 22 de maio de 2013 - 08h59

O diretor de Mercado da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Jurandi Machado, afirmou, em entrevista exclusiva a Agência Estado, que, devido à perspectiva de uma retomada da demanda pela proteína no exterior no segundo semestre, o volume das exportações deverá ficar estável em 2013 ante 2012. No ano passado, as vendas do produto ao mercado externo totalizaram 581,48 mil toneladas.


A projeção citada na sexta-feira (17/5) é diferente da divulgada no final do ano passado, que previa um crescimento para um volume de 600 mil a 650 mil toneladas. Isso porque o setor não contava com o embargo imposto pela Ucrânia, em vigor desde meados de março. A restrição foi sanitária: ucranianos alegaram que o produto brasileiro estava chegando ao país com a bactéria Listeria monocytogenes. Até abril, o volume exportado foi de 156,04 mil toneladas, queda de 9,0% ante o de 171,47 mil toneladas do mesmo período de 2012. Somente em abril na comparação com o mesmo mês de 2012, o recuo em volume foi de 25,4%.


"Esperamos que em junho o embargo seja revertido e voltaremos a vender ao mercado", disse Machado. Segundo ele, a missão das autoridades ucranianas no mês passado no Brasil transcorreu bem, mas o país ainda não deu a resposta - favorável ao Brasil - por processos burocráticos. De acordo com Machado, o responsável pela assinatura dos documentos está de férias.


A volta à normalidade das vendas à Argentina também sustenta as projeções de volume no ano. "Fechamos a cota para 3 mil toneladas/mês e já estamos perto, maio já está sendo bom. Só que é um país instável: nunca sabemos o que pode ocorrer. Eles nunca formalizam o que prometem, só falam e contamos com o cumprimento da palavra deles", declarou. Mas independentemente de Ucrânia e Argentina, as vendas no segundo semestre, tanto no mercado externo quanto interno, tendem a melhorar, completou.


Com relação ao Japão, Machado disse que a demora na liberação nos embarques é normal, porque o prazo do processo burocrático no país é tradicionalmente lento. O diretor da Abipecs também acredita que junho será o período no qual o mercado anunciará as empresas que serão autorizadas a vender ao país.


Margens


Com uma expectativa de melhora na demanda pela carne suína no exterior e no mercado interno, Machado disse que as margens da indústria e dos produtores do setor vão melhorar a partir do segundo semestre. Para ele, a queda recente dos preços do milho vai ajudar a recompor a rentabilidade do setor.


"Hoje o suíno abatido e processado ainda tem um custo elevado. Os efeitos benéficos da queda das cotações do milho vai ser observado somente a partir do segundo semestre", explicou.


Segundo ele, entre novembro de 2012 e janeiro de 2013, a saca do milho era adquirida por R$30,00. Hoje já se compra o insumo por R$26,00 a saca e a tendência é de continuar o movimento de queda, por causa da produção recorde do cereal de segunda safra.


Questionado sobre a possível fusão entre a Abipecs e a União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Machado disse que os boatos sobre o movimento sempre existiram, mas que não está sabendo de detalhes e conclusões sobre o assunto.


Fonte: Suino.com. 21 e maio de 2013.



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