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Após balanço, ações da Minerva recuam 5,2% na BM&FBovespa


Segunda-feira, 13 de maio de 2013 - 08h36

O mercado reagiu mal ao balanço trimestral divulgado na quinta-feira (9/5) pela Minerva Foods, terceira maior processadora de carne bovina do país. Às 14h38, as ações da companhia na BM&FBovespa amargavam uma queda de 5,2%, a R$11,28.


"O mercado está batendo na empresa por causa do capital de giro", disse analista, referindo-se à maior intensidade de capital de giro usado pela Minerva no primeiro trimestre deste ano. Em teleconferência com analistas na sexta-feira (10/5), o diretor-financeiro da companhia, Edson Ticle, disse que o "capital de giro piorou em R$160,00 milhões" no primeiro trimestre.


O maior uso de capital de giro no período foi ocasionado, principalmente, pela extensão do prazo de pagamento dado aos clientes. Segundo Ticle, esse prazo aumentou de uma média de 12 dias no quarto trimestre do ano passado para 18 dias no fim de março. "Nossa ideia é voltar aos níveis de 11, 12 dias, liberando capital de giro", disse. O forte aumento das exportações também ajudou a elevar esse prazo, uma vez que o ciclo de conversão de caixa é mais longo nas vendas externas.


O prazo dado aos clientes também prejudicou o fluxo de caixa livre da Minerva, que ficou negativo em cerca de R$120,00 milhões. "O grande driver foi o acréscimo da conta de recebíveis de clientes". No primeiro trimestre deste ano, a Minerva queimou R$113,70 milhões de seu caixa com o item contas a receber de clientes e outros recebíveis, contribuindo para um fluxo de caixa operacional negativo de R$93,20 milhões.


Na teleconferência, o diretor-financeiro da Minerva justificou a maior queima de caixa da companhia como uma estratégia para manter a rentabilidade e o retorno sobre capital investido (ROIC, na sigla em inglês), que passou de 15,3% no primeiro trimestre de 2012 para 17,5% nos primeiros três meses deste ano.


"Financiamos mais nossos clientes, e com isso conseguimos acréscimos de margem à custa de uma alavancagem levemente superior", disse Ticle, referindo-se ao índice de alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda) da Minerva, que saltou das 2,8 vezes registradas no fim de dezembro do ano passado para 3,1 vezes no fim do primeiro trimestre deste ano.


O executivo ressaltou, no entanto, que a meta de reduzir o índice alavancagem para 2,4% no fim de 2013 ainda é válida. "A gente não vai sacrificar a rentabilidade da companhia para uma alavancagem muito baixa, mas o compromisso de reduzir a alavancagem para algo perto de 2,4 vezes no final do ano está mantido", disse Ticle, na teleconferência.


Fonte: Valor Econômico. 10 de maio de 2013.



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