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Argentina: tal qual Brasil, logística é um dos desafios para escoamento


Segunda-feira, 15 de abril de 2013 - 08h40

Filas de caminhões para descarregar, filas de navios para atracar, faltam de rotas rodoviárias alternativas para o tráfego dos veículos. As dificuldades de infraestrutura logística para escoamento da produção de grãos não são "privilégios" da cadeia produtiva brasileira. A Argentina, que na temporada 2012/2013 deve exportar mais de 10 mihões de toneladas de soja, segundo último relatório da USDA, também vê a sua infraestrutura como um desafio para atender a crescente demanda da produção de grãos.


Durante os cerca de 60 dias que concentram o pico da colheita, chegam a trafegar pela zona portuária de San Lorenzo, na região de Rosário (Santa Fé) aproximadamente dez mil caminhões. "Não nos faltam caminhões para fazer o frete até os portos, faltam novas vias de acesso. As que nós temos estão colapsadas", afirma o gerente da Associação Argentina de Pós-Colheita de Grãos (APOSGRAN), Juan Carlos Neiva.


Na Argentina, em pleno pico da colheita, navios também podem sofrer atraso de até 14 dias durante o pico da safra para serem carregados. Ainda assim, o tempo de espera máximo é menos da metade do que se leva no Porto de Paranaguá, no Paraná, quando há atrasos nos carregamentos dos navios. Em condições normais, um Panamax leva, em média, dois dias para ser carregado com 50 toneladas de grãos.


Pelo Porto de Rosário, em Santa Fé, são escoados cerca de 80% da produção de soja e milho da Argentina. Desse volume, 50% chega de caminhão, 15% de trem e 5% via barcarças, pelo Rio Paraná. São quase 240 mil toneladas movimentadas diariamente no porto.


Outra vantagem que a Argentina tem em relação à logística brasileira é a distância entre as propriedades e os portos. Na Argentina, a fazenda mais distante do porto fica a 700 km de distância e 70% das propriedades estão localizadas em um raio de até 300 km. Enquanto, no Brasil, em algumas regiões de produção do estado de Mato Grosso, por exemplo, o percurso feito até o porto de Santos ou Paranaguá chega a superar três mil quilômetros.


Fonte: Globo Rural. Por Alana Fraga. 14 de abril de 2013.



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