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Caminhão é mais barato que transporte multimodal, diz CONAB


Terça-feira, 2 de abril de 2013 - 08h42

Um estudo recente da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) indica que a multimodalidade, tão decantada quando o assunto é logística de transporte, nem sempre é a melhor - e sobretudo mais barata - opção para o transporte de cargas no país. O modo rodoviário, segundo o estudo, ainda é a forma mais barata para transportar a produção agrícola do Centro-Oeste para os estados do nordeste. A questão é importante, principalmente no momento em que a produção nordestina sofre os impactos da seca e torna-se necessário movimentar estoques públicos de grãos para abastecer a região.


Segundo o estudo, "o transporte multimodal, com a utilização conjunta dos modos rodoviários, hidroviários e de cabotagem, ainda é muito caro no Brasil, se comparado ao rodoviário. Um exemplo é o custo de deslocamento de milho de Mato Grosso e Goiás para os estados nordestinos. Pelo modo rodoviário, a CONAB paga, em média, cerca de R$370,00 por tonelada". Para o superintendente de Logística Operacional da CONAB, Carlos Eduardo Tavares, "caso utilizássemos o sistema multimodal, ente Mato Grosso e Bahia o valor seria de quase R$700,00 por tonelada".


Outra alternativa analisada foi a utilização da multimodalidade rodo-cabotagem-rodo entre a zona de produção do Paraná e Bahia, que apresentou valor superior a R$650,00 por tonelada. "Os números demonstram que as grandes distâncias rodoviárias, necessárias para alcançar roteiros onde são utilizados veículos de grande porte (hidrovia, ferrovia, marítima), acarretam elevados custos logísticos totais", explicou Tavares.


Outro fator apontado pelo estudo que torna o modo rodoviário mais atrativo é o nível de serviço oferecido. Basicamente, o tempo do caminhão no percurso de origem é de 3 a 6 dias, enquanto no sistema multimodal, pela necessidade de consolidação das cargas (descarregar vários caminhões para encher um navio), pela distância a ser percorrida em veículos de baixa velocidade e pelo tempo de descarregamento nos portos, o prazo de remoção chega a 45 dias.


O levantamento aponta que a expansão do crescimento agrícola está se processando para o interior do país, e a ferrovia deveria ser o modo básico de transporte para movimentar estoques públicos da região Centro-Sul para o Nordeste. "Caso a ferrovia Norte-Sul estivesse concluída, teríamos uma alternativa mais eficaz para abastecer o Nordeste", ressalta o superintendente.


Fonte: Globo Rural. Pela Redação. 1 de abril de 2013.



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