• Sábado, 27 de abril de 2024
  • Receba nossos relatórios diários e gratuitos
Scot Consultoria

Medidas simples e baratas aliviariam filas nos portos


Terça-feira, 26 de março de 2013 - 08h27

Filas intermináveis de caminhões à espera de descarga de grãos nos portos. O ano de 2013 repete o de 2012 e o de 2014 repetirá o de 2013. Como sair desse círculo vicioso?


O problema é sério, mas boa parte pode ser resolvida rapidamente, diz Glauber Silveira, presidente da Aprosoja Brasil, associação que reúne produtores da oleaginosa.


As opções são rápidas e baratas. É só uma questão de inverter a logística. Em vez de fazer a soja e o milho do centro-oeste rodarem 2 mil quilômetros para chegar aos portos do sul e do sudeste e congestioná-los, o país deverá direcionar essa saída para o norte e o nordeste.


Para isso, o governo precisaria fazer investimentos para terminar a rodovia 163. A viabilização dessa rodovia faria com que já no próximo ano o país conseguisse desovar pelo menos 10 milhões de toneladas de soja pelos portos do norte, principalmente por Santarém, no Pará.


Outra saída é pela rodovia 158 que, devidamente apta ao transporte, faria com que a soja fosse desovada para os portos de Marabá e de Itaqui.


Silveira acredita que, com pouco investimento do governo, pelo menos 30,00 milhões de toneladas de grãos estariam saindo por esses portos em dois ou três anos, desafogando o sistema engessado do sul e do sudeste.


Outra vantagem, segundo ele, é que o governo também não necessitaria fazer grandes investimentos, uma vez que parte desses portos é de propriedade privada.


O presidente da Aprosoja Brasil indica, ainda, uma outra saída de custos reduzidos. Uma rodovia de pequena distância entre Cáceres (MT) e porto Morrinho (MT), o que viabilizaria o escoamento de safra via hidrovia pelo rio Paraguai.


Outra saída para a redução do movimento de carga durante os primeiros meses do ano seria a ampliação da capacidade de armazenagem.


Silveira diz que só o Mato Grosso precisaria dobrar essa capacidade. A liberação de crédito, no entanto, é morosa e os bancos são reticentes na liberação de dinheiro.


Além de aliviar os portos, o aumento de armazenagem daria um controle maior aos produtores nas negociações de seu produto. Um silo para 6 mil toneladas demanda R$1,50 milhão, valor que seria amortizado em sete anos, diz Silveira.


Fonte: Folha de São Paulo. Por Mauro Zafalon. 25 de março de 2013.



<< Notícia Anterior Próxima Notícia >>

Buscar

Newsletter diária

Receba nossos relatórios diários e gratuitos


Loja