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Geada antecipada pode atrapalhar expectativa de recorde na segunda safra de milho


Quinta-feira, 7 de março de 2013 - 08h59

O clima prejudicou o início da colheita de soja e plantio de milho, principalmente no Centro-Oeste, na safra 2012/2013, segundo a Somar Meteorologia. Da segunda quinzena de fevereiro em diante, porém, as condições do tempo ficaram mais favoráveis aos trabalhos no campo, já que as chuvas ocorreram em forma de pancadas e os dias registraram predomínio de sol. Essa situação ajudou na retirada da soja e na semeadura do milho em todo o Brasil.


Segundo o agrometeorologista da Somar Marco Antoniodos Santos, o Paraná é o único estado brasileiro produtor de milho segunda safra que está com o plantio atrasado em relação ao ano passado. O estado, até agora, tem 57,0% da área plantada, contra 64,0% no mesmo período de 2012.


Em Mato Grosso e Goiás, a instalação das lavouras segue no ritmo esperado, já que nas fazendas mato-grossenses o plantio de milho chega a 88,0% da área, frente aos 85,0% de março passado e os agricultores goianos já plantaram 70,0% do grão, sendo que no ano passado o valor era de 71,0% nesta mesma época.


A expectativa para a segunda safra de milho deste ano é muito boa, segundo a Conab. Isso se deve, em parte, ao aumento de 8,5% na área plantada e a boa perspectiva de clima nos próximos meses. No entanto, os meteorologistas alertam que dois fatores climáticos podem provocar perdas no milho safrinha: a chuva e a temperatura. No caso de Goiás e Mato Grosso, o corte das chuvas antecipadamente traz prejuízos. Já para os agricultores de Mato Grosso do Sul e Paraná, a principal preocupação é com a ocorrência de geadas.


De acordo com a Somar, o outono de 2013 será de neutralidade na atmosfera, ou seja, sem a presença do El Niño ou da La Niña. Esta condição, de um modo geral favorece a ocorrência de chuvas, mas aumenta o risco de geadas para o mês de junho. Para Mato Grosso e Goiás, a condição de clima neutro favorece o prolongamento das chuvas por conta da atuação de frentes frias, pelo menos até a primeira quinzena de abril.


"O importante é ressaltar que em abril, haverá uma redução das chuvas a partir do dia 15, o que daí para frente se torna um período de risco, embora não se descarte alguns episódios muito isolados de precipitações no início de maio", ressalta o climatologista Paulo Etchichury.


Já no Paraná e Mato Grosso do Sul, os modelos meteorológicos indicam ondas de frio intensas logo na primeira quinzena de junho. Isso pode provocar geadas em áreas onde o milho encontra-se numa fase crítica de desenvolvimento.


"Lembrando que o inverno de 2013 não será rigoroso no Brasil, mas basta apenas uma noite de temperaturas mais baixas, para que ocorra uma geada e provoque prejuízos para toda uma região", explica Etchichury.


Fonte: Canal Rural.Pela Redação. 6 de março de 2013.



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