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Agricultura europeia perde espaço, mas produtividade sobe


Quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013 - 08h42

A Europa se torna cada vez menos agrícola. O número de propriedades e a força de trabalho diminuem. A produtividade e a renda crescem.


É o que mostra o mais recente censo agrícola europeu feito pelo Eurostat, o instituto oficial de estatísticas do bloco europeu. O censo é feito a cada dez anos.


Os europeus, considerando o bloco de 27 países, têm 171,4 milhões de hectares de terra arável. França e Espanha, com 27,8 milhões e 23,7 milhões de hectares, estão entre os principais.


O número de propriedades agrícolas diminui, somando 12,0 milhões atualmente. Pelo menos 47% dessas propriedades têm tamanho inferior a dois hectares.


Um dos exemplos de redução no número de propriedades agrícolas vem da Itália. Os primeiros dados do Eurostat indicam 3,0 milhões de unidades no período de 1966/1967. A redução é mais acentuada nos últimos anos, com os dados mais recentes indicando 1,62 milhão de propriedades no país.


A redução é ainda maior na França, que teve queda de 70% no total de propriedades da década de 60 para esta.


Os dados referentes ao bloco europeu indicam que pelo menos 23 milhões de pessoas estão envolvidas com a produção agropecuária. Dessas, 9,7 milhões têm dedicação exclusiva à atividade.


Mais uma vez, dados da Itália e da França indicam a redução de trabalhadores no setor. Dos 4,1 milhões de trabalhadores dedicados à agropecuária em 1966/1967, a Itália tinha apenas 954 mil em 2010. No mesmo período, o total foi de 3 milhões para 780 mil na França.


O leite é um dos itens que mostram a boa evolução de produtividade no setor. Em 1970, os holandeses obtinham 4,1 mil litros de leite por animal por ano. A produção atual está em 7,7 mil litros.


Os produtores que se mantiveram no campo conseguiram um aumento de renda de 13% na última década, considerando a média do bloco dos 27 países.


Alemanha e França conseguiram superar essa média, atingindo 30% e 32% mais. Já os italianos vêm perdendo renda nos últimos anos, segundo o instituto.


Fonte: Folha de São Paulo. Por Mauro Zafalon. 20 de fevereiro de 2013.



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