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Brasil e EUA encerram disputa na área de suco de laranja


Quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013 - 08h36

Terminou terça-feira (19) a disputa entre os governos brasileiro e americano em relação às exportações de suco de laranja do Brasil para os Estados Unidos. As autoridades comerciais do Brasil comunicaram há uma semana à Organização Mundial do Comércio (OMC) o fim do impasse que estava sendo travado no âmbito da organização internacional desde 2009, quando o governo brasileiro identificou a prática de "zeroing" pelas autoridades americanas.


Com esse método de cálculo, o produto brasileiro chegava mais caro ao mercado dos Estados Unidos. A medida, considerada protecionista, sobretaxa indevidamente os produtos importados, tornando-os menos competitivos.


A justificativa do governo americano era que os exportadores estavam praticando dumping, ou seja, vendendo o suco de laranja a preços inferiores aos praticados no mercado doméstico, com o objetivo de eliminar a concorrência local.


Com essa acusação, as autoridades comerciais americanas passaram a substituir o cálculo do dumping (diferença entre o valor praticado pelo país no mercado interno e o preço do mesmo produto exportado) pela sobretaxa.


Na abertura do contencioso, as autoridades brasileiras defenderam, na OMC, que a prática do zeroing "além de incompatível com as normas multilaterais de comércio, causa grande incerteza e sérios prejuízos para as empresas exportadoras afetadas".


Em fevereiro de 2012, espontaneamente, os Estados Unidos decidiram mudar a legislação e suspender a metodologia de cálculo. A decisão só foi acatada em território americano em abril do ano passado.


A partir dessa data, outras negociações foram travadas e os produtores mantiveram uma espécie de estado de vigilância para verificar se a suspensão do zeroing tinha sido adotada efetivamente em todo o território.


A constatação de que o governo norte-americano está cumprindo a promessa motivou o fim do contencioso na OMC. A decisão, entretanto, não impede que os exportadores que foram afetados antes da adoção da medida continuem tentando reaver os prejuízos que tiveram. Esses casos passarão a ser tratados pela Justiça americana.


Fonte: Valor Econômico. Com informações da Agência Brasil. 20 de fevereiro de 2013.



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