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Calor e tempo seco podem reduzir o potencial produtivo de soja na Argentina


Segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013 - 08h47

O plantio de soja na Argentina está praticamente finalizado, apenas 1% da área destinada ao plantio falta ser semeada, de acordo com a Somar Meteorologia. O país, que é o terceiro maior produtor mundial do grão enfrenta duas situações distintas nas lavouras por conta das condições climáticas.


A soja que foi plantada primeiro, na primeira quinzena de novembro, está agora na fase de maturação, portanto não sofre os efeitos da falta de chuva. No entanto, o plantio que começou a partir do dia 15 de dezembro e corresponde a 40% da produção argentina, já sofrem com a baixa disponibilidade hídrica. Sem nenhum sistema meteorológico organizado, algumas regiões mais ao sul de Buenos Aires e Córdoba, duas das principais províncias produtoras de grãos da Argentina, não registram chuva significativa, ou seja, acima dos 20 mm, há mais de 15 dias.


"Além do estresse hídrico, o tempo mais seco e quente dessas últimas semanas têm elevado os índices de ataque de lagartas e demais pragas", explica o agrometeorologista da Somar, Marco Antonio dos Santos.


O milho argentino também sente os efeitos negativos da estiagem, segundo a Somar. Muitas lavouras apresentam espigas defeituosas, com um número menor de grãos e mais leves. Além disso, a falta de chuvas generalizadas e em bons volumes também elevou as taxas de ataque de pragas, o que acentua essas perdas. Algumas chuvas foram registradas nas áreas plantadas de milho na região Central da Argentina nessa semana, mas não foram suficientes para reverter totalmente o quadro de seca que atinge o país.


O mês de janeiro, em boa parte da Argentina, terminou com chuvas abaixo da média. Uma nova frente fria passa nesse fim de semana pelo país vizinho, mas não traz chuvas generalizadas e com bons acumulados. Em geral, fevereiro começa na mesma condição observada no mês passado.


"Assim como no Rio Grande do Sul, a partir do dia 10 de fevereiro, as frentes frias passam a se organizar mais ao sul e trazem chuvas mais fortes também para a Argentina", afirma o climatologista da Somar, Paulo Etchichury.


Fonte: Ruralbr. Pela Redação. 1 de fevereiro de 2013.



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