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Para garantir abate, frigorífico importa milho do Paraguai


Segunda-feira, 28 de janeiro de 2013 - 08h31

A colheita de uma safra recorde de mais de 70 milhões de toneladas de milho no ano passado não foi suficiente para livrar o país do desabastecimento. É que, com a quebra de quase 100 milhões de toneladas na produção norte-americana, as grandes multinacionais do agronegócio arremataram boa parte da safra nacional para a exportação, obrigando muitas empresas a recorrer ao mercado internacional para não parar. Foi o caso da Globoaves, uma das maiores do segmento avícola do país e com sede em Cascavel, no oeste do Paraná. Na manhã de desta quinta-feira (24/1), cerca de 80 caminhões aguardavam para descarregar milho vindo do Paraguai na fábrica de rações da empresa, em Toledo.


Para não paralisar a produção na unidade e deixar na mão os cerca de 230 avicultores integrados ao frigorífico de Cascavel que dependem do insumo para engorda os frangos, a Globoaves importou 60 mil toneladas do cereal paraguaio desde julho do ano passado - metade do total necessário para abastecer a planta de Toledo, que tem capacidade para produzir 30 mil toneladas mensais de ração.


De acordo com Roberto Kaefer, diretor-presidente da Globoaves, a opção pelo milho paraguaio se deve ao fato de que o preço do produto está "razoavelmente melhor" e o pagamento pode ser feito com um prazo de 30 dias. Além disso, a importação é realizada no sistema drawback, no qual não há incidência de impostos como PIS, Cofins e ICMS, já que o insumo é transformado no Brasil para exportação em forma de carne de frango. Segundo ele, a compra de milho do Paraguai deve se estender até março, quando começa a colheita da safrinha brasileira, mas o empresário diz que não pretende cortar o vínculo com os produtores do país vizinho.


Expectativa


Para Kaefer, a crise que afetou a avicultura e suinocultura brasileira ficou no passado. "O problema econômico que as empresas tiveram foi a demora de ajuste entre a produção, com alto custo que tínhamos, e a demanda. Então você tinha uma produção alta, um custo alto e chegava ao mercado havia uma super oferta com o preço lá embaixo. Isso foi o que quebrou muitas empresas do setor de aves e suínos no Brasil", diz.


Hoje, segundo Kaefer, o frango teve valorização de 40% e as expectativas são boas. "Tem tudo para ser um excelente ano para o setor da carne porque houve um ajuste da produção. Nós caímos na produção e a demanda está equacionada", avalia.


Fonte: Avicultura Industrial. Pela Redação. 25 de janeiro de 2013.



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