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Scot Consultoria

Abate mundial de bovinos cresce 1,2%, segundo USDA


Segunda-feira, 14 de janeiro de 2013 - 15h01

O abate mundial de bovinos atingiu 233,53 milhões de cabeças, 1,2% mais que no ano anterior, de acordo com estimativa divulgada pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O Brasil deve ser responsável por 19,5% deste total, com 45,45 milhões de cabeças de gado abatidas em 2012 contra 42,25 milhões em 2011, alta de 7,6%, conforme projeção da Scot Consultoria.


Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, de janeiro a setembro, foram abatidos 22,893 milhões de bovinos no país, considerando apenas os abates oficiais. O incremento é de 6% sobre o mesmo período do ano anterior. A divulgação dos dados do quarto trimestre deve ocorrer em março, segundo informações do IBGE.


O ano passado foi marcado pelo elevado índice de abate de fêmeas, que chegou a 9.906.435 de cabeças de janeiro a setembro, 11,74% a mais do que no mesmo período de 2011, quando foram abatidas 8.865.315. A quantidade corresponde a 43,3% do total abatido no período. Sobre 2010, o aumento de abates de fêmeas chega a 24%.


Conforme Gustavo Aguiar, analista da Scot Consultoria, este já é o segundo ano em que isso acontece. Em 2011, o abate de fêmeas cresceu 10,37% em relação a 2010. "O grande motivador é a redução dos preços do boi, que levam à venda de fêmeas para manutenção do fluxo de caixa. O preço do bezerro também ficou depreciado, o que faz com que tenha menor sentido reter fêmeas", disse.


Em 2011, a média dos preços da arroba atingiu R$100,87 a prazo. Embora a média seja maior que a de 2010, que foi de R$87,05/@, no primeiro semestre de 2011 já foi possível identificar um aumento no abate de fêmeas devido aos preços da arroba em baixa.


Já em 2012, a média da cotação foi de R$96,67 a prazo, 4,16% menor do que a média do ano anterior. O ano começou com preço médio de R$99,98/@ em janeiro e terminou com R$96,78 em dezembro, variação negativa de 3,2%.


Para ele, com base nestas informações, já é possível ver que há uma mudança de ciclo pecuário. "O ciclo tem um período de alta, depois de estabilidade e, então, de queda. Já estamos neste período de transição e, possivelmente, nestes primeiros anos de queda", avalia o analista.


A expectativa, portanto, é de que 2013 seja mais um ano de pressão sobre os preços.


Para os abates mundiais, o USDA estima aumento de 2,4% nos abates mundiais para 239,05 milhões de cabeças. O Brasil deve participar com 19,9% deste total, atingindo 47,54 milhões de cabeças abatidas, o que tende a ajudar tanto curtumes como frigoríficos, pelo lado da matéria-prima.


Fonte: Portal DBO. Por Marcela Caetano. 11 de janeiro de 2013.



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