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Produtores apostam na retomada da produção após período de seca no Rio Grande do Sul


Quarta-feira, 2 de janeiro de 2013 - 08h45

João Lazzaretti, 60 anos, está faceiro. Conseguiu fazer a lavoura de milho, em Constantina, no norte do Rio Grande do Sul, voltar a dar resultado. Plantou quatro hectares dos 14 hectares da propriedade e planeja dar início à colheita no mês de janeiro.


"Agora está muito bom, choveu, a plantação está bonita", gaba-se o produtor gaúcho, satisfeito.


O clima de otimismo começou somente no final de novembro, quando veio a esperada chuva. Anteriormente, em setembro, houve geada e pouca umidade. Por causa disso, Claudio Dóro, assistente técnico regional de culturas da EMATER/RS em Passo Fundo, afirma que a safra na região não será tão boa como a média de anos anteriores. Ainda assim, irá superar a deste ano, devastada pela seca.


Lazzaretti lembra bem dessa época. A estiagem dizimou 85% do plantio, fazendo o produtor perder 300 sacas, um total de 6 mil quilos de milho. O prejuízo de cerca de R$8 mil ainda faz volume no banco.


"Tenho uma dívida de R$10 mil", lembra, angustiado.


Mas olhando para o futuro, o agricultor se anima, já que a projeção é de que, em duas safras, consiga sair do vermelho. A recuperação é uma perspectiva compartilhada pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (FETAG-RS).


"Acreditamos que, com a nova safra, os produtores consigam se recuperar. Não totalmente, mas em parte", afirma o presidente da FETAG-RS, Elton Weber.


Lazzaretti já faz as contas. Com uma produção sem quebra, pretende lucrar cerca de R$2 mil em cada hectare. Alguns produtores da mesma região preferiram não arriscar com o milho, que precisa de muita água, e apostaram na soja - com preços ainda mais atrativos no mercado internacional. Por isso, a EMATER/RS estima que haverá redução de 15% na produção do milho em relação à média dos anos anteriores na região.


"Houve aumento no cultivo de soja. Mas a produtividade do milho que será colhido, obviamente, ficará acima do ciclo deste ano, que teve seca", afirma Dóro.


Questionado porque preferiu não mudar de cultura, Lazzaretti dá de ombros.


"Sempre plantei milho. Vou continuar plantando. É o que sei fazer", explica.


Fonte: Ruralbr. Pela Redação. 28 de dezembro de 2012.



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