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Institutos projetam chuva adequada para a agricultura nos primeiros meses do ano no Sul


Sexta-feira, 28 de dezembro de 2012 - 08h46

Nos primeiros três meses de 2013, o tempo promete ser muito diferente do início deste ano, quando a seca dizimou lavouras pelo Rio Grande do Sul. Apesar de uma das projeções indicarem chuva normal ou acima da média e outra mostrar irregularidade em janeiro e fevereiro, a avaliação dos meteorologistas é de que o quadro não deve afetar a produção como na última safra.


De acordo com o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), a possibilidade de chuva dentro da normalidade ou acima da média é de 80% entre janeiro e março de 2013. A meteorologista Ariane Frassoni explica que o cálculo é feito com base nas médias históricas do volume de chuva e da previsão climática. O Rio Grande do Sul deve registrar níveis entre 300 milímetros e 500 milímetros para o período.


"A maior intensidade de precipitação deve ser registrada no Norte. O centro-sul e o oeste do estado devem ter volumes um pouco menores, mas ainda assim suficientes para manter a normalidade", acrescenta Ariane.


O 8º Distrito de Meteorologia do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e o Centro de Pesquisas e Previsões Meteorológicas da Universidade Federal de Pelotas (CPPMET/UFPEL) projetam chuva pouco abaixo da média, com diminuição entre 25 milímetros e 50 milímetros nos dois primeiros meses de 2013. Março seria de normalidade.


"Vai chover, mas um pouco menos. Devemos ter uma média de cem milímetros por mês", afirma Solismar Prestes, coordenador do 8º Distrito de Meteorologia.


Para os técnicos, o fator clima não vai influenciar negativamente a safra de 2013 como ocorreu em 2012. Nem as altas temperaturas registradas nos últimos dias trouxeram reflexos para os grãos.


"Com o volume de chuva dos últimos tempos, pelo menos metade das lavouras de milho já escapou de qualquer risco. Na soja, temos um desenvolvimento garantido se continuar ao menos próximo desta regularidade de precipitações", avalia Dulphe Pinheiro Machado Neto, gerente técnico da EMATER.


Encerrado o plantio, a recomendação do Instituto Rio Grandense do Arroz (IRGA) é que produtores façam o controle fitossanitário nas lavouras. Com a regularização da chuva, os mananciais para abastecer as lavouras são suficientes. O excesso de precipitação também não preocupa, pois a maioria dos produtores tem sistemas de drenagem. Cerca de 90% das plantações estão em estado vegetativo. A expectativa é de colheita próxima de 7,5 milhões de toneladas, segundo o IRGA.


A chuva ajudou a manter a umidade do solo para a cultura do milho, que tem 95% do plantio concluído. Algumas lavouras plantadas mais cedo já estão sendo colhidas e destinadas para a silagem, apresentando bom rendimento, conforme a EMATER. A fase mais crítica para o milho, conforme os técnicos é a primeira quinzena de janeiro. Cerca de 60% das lavouras estão na fase de floração e de enchimento de grãos. A previsão da EMATER é de colheita de cinco milhões de toneladas do grão.


Na última semana, o plantio da soja alcançou 99% no estado, de acordo com a EMATER. A maior parte das plantas está em desenvolvimento vegetativo. A atenção dos produtores agora deve se voltar para o controle de pragas nas lavouras. A fase mais crítica para a cultura é no fim do mês de fevereiro e início de março. A estimativa da EMATER é de uma colheita de 11,3 milhões de toneladas da oleaginosa.


Fonte: Ruralbr. Pela Redação. 27 de dezembro de 2012.



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