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Exportações do agronegócio atingem US$88,65 bilhões no acumulado do ano


Quarta-feira, 19 de dezembro de 2012 - 08h39

As exportações do agronegócio, de janeiro a novembro de 2012, somaram US$88,65 bilhões, o que representou incremento de 1% em relação ao mesmo período do ano anterior. As importações foram de US$15,09 bilhões, ou seja, 5% inferiores a 2011. O saldo da balança comercial do agronegócio foi positivo, atingindo US$73,56 bilhões. As informações são da Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a partir dos dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).


Os setores que mais contribuíram para o crescimento de US$858,82 milhões foram o complexo soja (US$2,55 bilhões, passando de US$22,95 bilhões para 25,50 bilhões); cereais, farinhas e preparações (US$1,89 bilhão, saindo de US$3,88 para US$5,78 bilhões); fibras e produtos têxteis (US$453,41 milhões, de US$1,89 bilhão para US$2,34 bilhões); fumo e seus produtos (US$323,11 milhões, de US$2,78 bilhões para US$3,10 bilhões) e animais vivos (US$156,89 milhões, US$442,21 milhões para US$599,11 milhões). As maiores quedas foram observadas no café (US$2,04 bilhões) e no complexo sucroalcooleiro (US$1,60 bilhão).


O principal setor, em termos de valor exportado foi o complexo soja (US$25,50 bilhões), cujas exportações aumentaram 11,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. As vendas externas de soja em grãos corresponderam a 68,1% desse montante alcançando US$17,36 bilhões. Houve aumento de 11,2% em valor, em função da expansão em 4,0% na quantidade e 6,8% no preço. Os embarques de farelo de soja foram de US$6,14 bilhões, ou seja 15,0% superiores a 2011 em valor, em decorrência do crescimento de 0,7% na quantidade e 14,2% no preço. O óleo de soja apresentou aumento de 0,3% em valor e 4,5% na quantidade, apesar da queda de 4,0% no preço médio de venda.


As carnes somaram US$14,34 bilhões no período. Esse resultado representa queda de 0,6% em valor, em função da queda no preço (4,2%) não ter sido compensada pelo aumento na quantidade embarcada (3,7%). A carne de frango, principal produto em termos de valor exportado (US$6,53 bilhões), foi o que mais contribuiu para essa queda do setor, na medida em que as exportações do produto caíram US$399,44 milhões. Essa redução se deu em função da baixa do preço de venda do produto (5,7%), enquanto a quantidade permaneceu praticamente estável. Por outro lado, as exportações de carne bovina (US$5,25 bilhões) aumentaram 6,4%, em valor, em função do aumento de 12,3% no quantum, já que o preço sofreu redução de 5,2%. As vendas externas de carne suína também apresentaram aumento em valor (4,2%), alcançando US$1,39 bilhão. O aumento da quantidade embarcada (12,0%) compensou a queda de 7,0% no preço do produto.


Resultados do mês


Já em novembro, as exportações atingiram a cifra de US$7,77 bilhões para o mês, o que correspondeu a um recuo de 6,5% (US$538,07 milhões) em relação ao mesmo mês de 2011. As importações também diminuíram (10,0%), atingindo US$1,49 bilhão. Como resultado, o saldo comercial dos produtos do agronegócio foi superavitário em US$6,28 bilhões.


Mesmo com a retração o milho teve bom desempenho, o incremento foi de 315,2% nas vendas externas (de US$258,09 milhões em 2011 para US$1,07 bilhão em 2012). A quantidade embarcada foi determinante para esse aumento de receita passando de 907,36 mil toneladas em 2011 para 3,92 milhões de toneladas em 2012, ou seja, aumento de 331,4%, não obstante o recuo do preço médio da tonelada em 3,8%.


As carnes ficaram na segunda posição dentre os principais setores exportadores. A receita global do setor recuou 7,3% de US$1,47 milhão em 2011 para US$1,36 milhão em 2012. Os únicos produtos que apresentaram expansão nesse setor foram carne bovina in natura com 4,8% e carne suína in natura com 7,8%.


O complexo soja foi o setor que mais sofreu redução em sua receita de exportação, de US$1,54 bilhão em 2011 para US$848 milhões em 2012, queda de 44,8%. A quantidade exportada foi reduzida para todos os subprodutos, principalmente para a soja em grãos, que sofreu redução de 85,3% em quantidade (de 1,76 milhão de toneladas em 2011 para 258 mil toneladas em 2012).


Fonte: MAPA. Por Vera Stumm. 18 de dezembro de 2012.



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