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Troca de produto agrícola por adubo tem relação favorável


Quarta-feira, 12 de dezembro de 2012 - 09h07

As relações de troca de produtos agrícolas por fertilizantes ainda estão extremamente favoráveis, segundo Carlos Eduardo Florence, diretor-executivo da Associação dos Misturadores de Adubos (Ama-Brasil).


Embora o preço dos adubos tenha recuado no mercado internacional - hoje o Brasil importa mais de 70% de sua demanda por esses produtos - com a recuperação do dólar frente ao real, essa queda não se reflete no preço final ao produtor brasileiro. Ao mesmo tempo, relata Florence, os preços das commodities de modo geral estão atrativos.


Segundo levantamento da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), de janeiro a outubro deste ano, eram necessárias 19,55 sacas de 60 quilos de soja para se adquirir uma tonelada de fertilizante  ante 24,15 sacas no mesmo período de 2011. No caso do milho, a relação de troca foi de 48,57 sacas de 60 quilos este ano contra 43,25 em 2011, na mesma base de comparação.


Mas Florence afirma que apenas a laranja e a cana-de-açúcar não estão com relações de troca vantajosas diante de menor rentabilidade das culturas. No caso da laranja, segundo a Anda, de janeiro a outubro deste ano eram demandadas 138,33 caixas de 40,8 quilos para uma tonelada de adubo ante 75,58 caixas em igual intervalo de 2011.


De janeiro a novembro, as vendas de fertilizantes no país  cresceram 4,5% ante o mesmo intervalo de 2011, para 27,702 milhões de toneladas, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (11/12) pela Anda. Para Florence, os números refletem a saúde da agricultura. A expectativa é encerrar 2012 com novo recorde de entregas do produto ao consumidor final, de cerca de 29,5 milhões de toneladas contra o recorde anterior de 28,3 milhões de toneladas em 2011.


Para o diretor-executivo da Ama-Brasil, houve uma demanda muito grande para a cultura da soja, tirando um pouco das vendas para o milho e o algodão, que tradicionalmente demandam maior volume de fertilizantes que a soja. "Se não fosse isso, talvez a gente entregasse até mais este ano", afirmou.


Fonte: Valor Econômico. Por Carine Ferreira. 11 de dezembro de 2012.



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