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Descartada morte de bovino por EEB


Segunda-feira, 10 de dezembro de 2012 - 09h02

A Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), recebeu nessa quinta-feira, 6, a confirmação da existência de marcação priônica (proteína modificada) em amostra de célula de um bovino morto em 2010. Trata-se de um caso não clássico de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), uma vez que verificações feitas apontam que o animal não morreu desta enfermidade.


O MAPA informou a OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) os resultados das análises deste caso ocorrido em 2010, no estado do Paraná. Justamente por se tratar de um caso não clássico é que a OIE enviou, nesta sexta- feira (7/12), ofício mantendo o status do Brasil como país de risco insignificante para EEB, a melhor classificação existente.


O resultado apresentado pelo Animal Health and Veterinary Laboratories Agency, localizado em Weybridge, na Inglaterra, conclui que se trata de um caso não clássico de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) e reforça a certeza de que o animal não morreu da referida enfermidade. O que foi detectado é que o animal possuía o agente causador da EEB (príon), porém, não manifestou a doença e nem morreu por esta causa.


As investigações epidemiológicas não demonstraram qualquer compatibilidade com um caso clássico da doença, uma vez que o bovino de idade avançada (13 anos) morreu em menos de 24 horas e de forma aguda. Além disso, tratava-se de um animal criado exclusivamente a pasto.


O conjunto de sintomas contraria aqueles da EEB Clássica caracterizada por apresentar quadros clínicos de até meses, e ocorrendo principalmente em bovinos de até sete anos de idade que consumiram rações contendo farinhas de carne contaminadas com o príon.


"O caso, detectado há dois anos, é uma ocorrência isolada, que não traz nenhum risco à saúde pública e à sanidade animal do país", assegura Ênio Marques, Secretário de Defesa Agropecuária. 


O Secretário informa que o caso foi encontrado em procedimentos de vigilância sanitária de rotina estabelecidos pelo MAPA. Ele ressalta ainda que foram realizados, de 2004 até hoje, cerca de 25 mil exames laboratoriais e jamais houve qualquer achado semelhante no país.


Além disso, o Secretário informa que o consumo de proteínas de origem animal por ruminantes é proibido no Brasil desde 1996, além do sistema de criação da pecuária brasileira (extensivo) ser refratário à ocorrência do caso clássico da doença.


O Brasil seguiu todos os procedimentos de diagnóstico laboratorial e de investigações epidemiológicas complementares estabelecidos para o caso, tanto aqueles de nível nacional, quanto as diretrizes internacionais definidas pela  OIE.


A qualidade do sistema de prevenção da EEB do Brasil é reconhecida internacionalmente pela OIE, que em 2012 incluiu o país na relação de países com "risco insignificante para a EEB", a melhor categoria mundial possível para essa doença.


Segundo Guilherme Marques, Diretor do Departamento de Saúde Animal e Delegado do Brasil perante OIE, o presente resultado laboratorial não afeta o mencionado reconhecimento. "Nossos procedimentos demonstram a transparência e a fortaleza do sistema de vigilância implantado no Brasil, pois nenhum país do mundo está livre de identificar um caso como esse, razão pela qual a própria OIE não classifica os países como livres de EEB, a exemplo do que é possível fazer para outras doenças (febre aftosa, peste equina, PPC, entre outras).", frisa.


Deve ser destacado ainda que a carne e leite bovinos são considerados, pela OIE, como alimentos seguros, ou seja, totalmente isentos de risco para a população humana, mesmo quando da ocorrência de casos típicos da enfermidade em um País, o que não é o caso.


Diversos países já registraram casos semelhantes, como Estados Unidos, Canadá, Japão, Portugal e Inglaterra. Somente no ano passado, a União Europeia comunicou 06 casos de EEB atípica junto a OIE.


Fonte:MAPA. Pela Redação. 7 de dezembro de 2012.



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