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Centro-Oeste puxa o crescimento do país


Quarta-feira, 14 de novembro de 2012 - 08h25

A região Centro-Oeste representou cerca de 60% do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) na agricultura em 2011, e deverá continuar puxando o aumento da geração de riqueza nos próximos anos. As bases desse crescimento foram o tema de um seminário realizado nesta terça-feira (13/11) em Brasília, pelo Fórum do Futuro. A importância da região aumenta quando se considera a estimativa de que o crescimento das cadeias produtivas de alimentos e energia de biomassa representaram 80% do crescimento total do PIB brasileiro em 2011.


Mais do que o crescimento econômico do Brasil, o Centro-Oeste foi colocado pelos participantes do seminário no contexto do crescimento da produção global de alimentos. Segundo a previsão da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o Brasil deverá responder por 40% do crescimento na oferta de alimentos do mundo, e é da região Centro-Oeste que virá grande parte desse incremento.


A Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), do Ministério da Integração Nacional, calcula um crescimento do PIB da região em 5,9% nos 12 meses até maio de 2012, mais do que o dobro do PIB brasileiro do ano passado.  Este ano, os investimentos do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) devem superar os R$5 bilhões previstos, fechando o ano em R$6 bilhões voltados ao desenvolvimento econômico e social da região.


"O Centro-Oeste é uma das chaves que o Brasil tem e talvez a primeira a ser aberta. A região está crescendo em uma velocidade muito maior que o país e precisa ter um debate para antecipar previsões sobre o futuro que estamos buscando",  disse o ex-ministro da Agricultura Alysson Paulinelli, membro do conselho consultivo do Fórum do Futuro.


O também ex-ministro da Agricultura e membro do fórum, o engenheiro agrônomo Roberto Rodrigues, disse que, no mundo, não há política de segurança alimentar global. Segundo ele, apesar de as produções serem locais, o estoque de alimentos deveria pertencer ao mundo todo. "Os países que têm condições de produzir devem ter políticas públicas para isso. O Brasil é um deles e a Região Centro-Oeste é o nosso Maracanã", compara. "Qual a estratégia necessária para darmos um salto e ganharmos a Copa do Mundo? Cinco fatores: logística e estrutura, políticas de renda, política comercial, tecnologia, além da questão institucional, que talvez seja o goleiro do time, passando por Executivo, Judiciário, toda a estrutura do poder."


Ao menos no que diz respeito à tecnologia, o limite legal ao crescimento da área agrícola força o país a buscar um aumento da eficiência e da produtividade, avalia o presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Maurício Lopes. "O Centro-Oeste tem um papel importantíssimo nesse processo. Uma extensão considerável das áreas de pastagens degradadas estão localizadas na região e é aí que se dará a expansão da agricultura no Brasil", diz Lopes.


Já a infraestrutura foi considerada nos debates como uma das maiores fragilidades brasileiras. De acordo com dados apresentados pelo engenheiro agrônomo Célio Floriani, da Universidade Federal de Viçosa (UFV), o país perde, por ano, US$5 bilhões por ano em importações e exportações.


No Centro-Oeste, caso houvesse um sistema de escoamento eficiente, segundo a Sudeco, haveria uma redução de cerca de 30% no valor final das commodities. A Sudeco espera para 2013 um financiamento de R$1,4 bilhão voltado principalmente para a infraestrutura por meio do FCO.


Fonte: Sou Agro. Pela Redação. 13 de novembro de 2012.



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