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União Europeia corta incentivos para brasileiros


Segunda-feira, 5 de novembro de 2012 - 16h03

A partir de 2014, o Brasil não poderá mais contar com incentivos comerciais em suas exportações à União Europeia, o que mostra que o país é agora visto como um dos grandes pelo bloco.


A Comissão Europeia, órgão executivo do bloco de 27 países, anunciou neste domingo (4/11) a reformulação de seu Sistema Geral de Preferências (SGP), sistema de importações preferenciais para os países em desenvolvimento e menos desenvolvidos que existe desde o ano de 1971.


O Brasil não terá mais incentivos porque foi classificado pelo Banco Mundial nos últimos três anos como economia de rendimento médio-elevado. A União Europeia pretende, com isso, criar oportunidades para países mais pobres.


No comunicado sobre a nova regra, o comissário de comércio do bloco, Karel de Gucht, afirma que a mudança "traduz o importante reconhecimento de que as principais economias em desenvolvimento se tornaram globalmente competitivas".


Além do Brasil, 11 países de rendimento médio-elevado perderão benefícios nas exportações com destino ao bloco, entre eles, Argentina, Cuba, Uruguai, Venezuela e Rússia. Nações de rendimento elevado também perderão seus incentivos.


Para o Banco Mundial, países de rendimento médio-elevado são aqueles que têm Renda Nacional Bruta per capita entre US$3.976 e US$12.275 - a do Brasil, em 2011, foi de US$10.720. Acima de US$12.275, considera-se elevado o rendimento do país.


De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, a União Europeia respondeu, em 2011, por 20,7% das exportações brasileiras, com um total de US$52,9 bilhões - 52% eram relativos a produtos básicos, 16%, a semimanufaturados, e 32%, a manufaturados.


A Comissão Europeia prevê que alguns dos parceiros comerciais afetados pela medida terão redução limitada de suas exportações, cerca de 1%, mas não deu detalhes.


As importações beneficiadas pelo SGP chegaram a US$87 bilhões no ano passado, quase 5% do total importado pela União Europeia e 11% do que países em desenvolvimento exportaram à região.


Fonte: Folha de São Paulo. Por Rodrigo Russo. 5 de novembro de 2012.



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