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Scot Consultoria

Alta de preços dos grãos atrai investidores para empresas na bolsa


Terça-feira, 23 de outubro de 2012 - 16h09

A estiagem nos Estados Unidos fez os preços dos futuros dos grãos atingirem máximas recordes nas bolsas. Para ampliarem seus lucros, os investidores estão diversificando suas aplicações, abrangendo também ações de empresas de fertilizantes e máquinas agrícolas e fundos que detém ativos ligados ao agronegócio.


Um exemplo é o setor de fertilizantes. As empresas mais bem-sucedidas fabricam variedades com base no nitrogênio, como a CF Industries, cujas ações subiram 42,56% neste ano, e a Agrium, que avançou 55,57%. Elas ainda se beneficiaram da queda dos preços do gás natural, ingrediente importante para o nitrogênio, que atingiu o menor patamar em décadas em abril.


Ao mesmo tempo em que os custos de produção caíram, a demanda por fertilizantes deve saltar. O milho exige um grande volume de nitrogênio, pois sua produtividade é muito mais alta por acre do que a da soja e do trigo, lembra Arlan Suderman, analista de mercado da consultoria Water Street Solutions. Usando os últimos dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), Suderman calcula que os estoques caíram para uma oferta de 50 dias, a mais baixa em 39 anos. Assim, os agricultores devem plantar mais milho no próximo ano.


Fabricantes de fertilizantes de base mineral, como potássio e fósforo, têm se saído um pouco pior. Os papeis da Potash recuaram 1,7% no ano e os da Mosaic subiram apenas 7,02%. A indústria de equipamentos agrícolas também sofreu com a estiagem, com as dúvidas sobre a lucratividade, o que fez os compradores ficasse, relutantes em investir em tratores e outras máquinas. Mas o seguro agrícola e a expectativa de demanda firme indicam que companhias como a John Deere e a AGCO devem registrar bons rendimentos em breve.


A cotação das ações da John Deere caíram 19,7%, para US$71,52 quando o clima seco se intensificou. Mas os papeis se recuperaram e há pouco eram cotados US$85,46, alta de 0,55%. As ações da AGCO recuaram 21%, para US$38,90 no verão americano, mas também voltaram a subir, operando a US$48,37 (+0,19%) às 17h17.


Aplicar em terras agrícolas é mais arriscado, principalmente porque os preços nos EUA saltaram na última década. A Adecoagro, de Luxemburgo, encontrou uma alternativa e detém 300 mil hectares na América do Sul. O fundo do bilionário George Soros tem participação de 21,06% na empresa.


Investidores que buscam uma aproximação mais ampla do mercado têm considerado fundos negociados em bolsa. O Market Vectors Agribusiness, por exemplo, aplica em várias empresas ligadas à agricultura, como a John Deere, a Potash e a Mosaic. Os retornos de 11% em base anual nos últimos três anos deram ao fundo uma classificação de quatro estrelas da agência Morningstar.com. Um dos fundos da PowerShares investe numa cesta de futuros de commodities agrícolas e vem registrando lucros de 5,96% nos últimos três anos, com cinco estrelas na classificação da mesma agência. As informações são da Dow Jones.


Fonte: Agência Estado. Por Paula Moura. 22 de outubro de 2012.



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