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Produtores debatem o novo rumo da agricultura em fórum sobre Integração Lavoura Pecuária e Floresta


Quinta-feira, 27 de setembro de 2012 - 08h40

A Coopercitrus Cooperativa de Produtores Rurais e a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) realizaram no dia 21 de setembro, em Bebedouro, SP, o XXIV Fórum Abag/Coopercitrus para debater um tema revolucionário para a sustentabilidade do campo: a Integração Lavoura, Pecuária e Floresta (ILPF). O evento reuniu na Estação Experimental de Citricultura de Bebedouro (EECB) mais de 400 pessoas, entre produtores rurais associados à Coopercitrus, profissionais do setor e autoridades do meio agrícola. As boas vindas foram dadas pelo diretor presidente da Coopercitrus Raul Huss de Almeida, pelo vice-presidente da Abag/SP Francisco Matturro, pela diretora executiva da Abag/RP Patrícia Milan e pelo gerente do setor de agronegócio do Banco do Brasil, Álvaro Tosetto.


A primeira palestra foi comandada pelo engenheiro agrônomo e pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, Gado de Corte, Armindo Neivo Kichel, que abordou a ILPF como o futuro da agropecuária brasileira. Para explicar o conceito, ele utilizou um trecho do estudo do pesquisador da Embrapa, Cerrados, Luiz Carlos Balbino: "A ILPF é uma estratégia de produção sustentável, que integra atividades agrícolas, pecuárias e florestais, realizadas na mesma área, em cultivo consorciado, em sucessão ou rotacionado, buscando efeitos sinergéticos e potencializadores entre os componentes do agroecossistema, contemplando a adequação ambiental, a valorização do homem e a viabilidade econômica".


Segundo o palestrante, o Brasil possui 851 milhões de hectares de terra, sendo 61% composto por vegetação nativa, 11,3% de cidades e infraestruturas e os 27,7% restantes pertencem à agricultura, pecuária e florestas plantadas. Foi enfático quando disse que as pessoas ainda acreditam que o leite dá na caixinha e não enxergam a importância da agricultura, do papel do produtor rural, para a sobrevivência humana, o que arrancou aplausos da plateia. Na sequência, o engenheiro agrônomo Agostinho Mário Boggio, gerente do departamento técnico agropecuário da Coopercitrus, apresentou ao público os projetos de sustentabilidade desenvolvidos pela Cooperativa, como o Projeto Mata Viva de Educação e de Adequação Ambiental, o Uso Correto e Seguro de Defensivos Agrícolas, a Devolução de Embalagens Vazias de Agrotóxicos e o FISC (Fundo de Investimento Social e Cultural Coopercitrus Credicitrus), assim como seus objetivos e resultados.


Representando a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, João José Assumpção de Abreu Demarchi, diretor do Instituto de Zootecnia - IZ/ APTA, deu boas alternativas aos agricultores pecuaristas para a reforma de pastos degradados e falou sobre a preocupação do governo com essas áreas, já que o maior intuito é obter aumento de produtividade aliado à sustentabilidade.


O gerente do setor de agronegócio do Banco do Brasil, Álvaro Tosetto, mostrou as vantagens do Financiamento ABC - Agricultura de Baixo Carbono, lançado na safra de 2010/11 com recursos do BNDES que, na ocasião, teve pouca procura pelos produtores rurais devido o desconhecimento da existência da linha de crédito. Segundo ele, o programa ABC financia a recuperação de áreas degradadas, a aquisição de bovinos, ovinos e caprinos, para reprodução, recria e terminação, além do sêmen, óvulos e embriões dessas espécies. O programa também oferece subsídios para implantação e melhoramento de sistemas de integração lavoura-pecuária, lavoura-floresta, pecuária-floresta ou lavoura-pecuária-floresta e sistemas agroflorestais. 


A iniciativa contou com o apoio da Abag de Ribeirão Preto, Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo e do Banco do Brasil. O objetivo do Fórum "Integração Lavoura, Pecuária e Floresta" foi fomentar esse sistema produtivo desenvolvido pela Embrapa e o setor privado para debater as potencialidades do cultivo consorciado de grãos, carne, fibras e madeira, que contempla a adequação ambiental, a valorização das pessoas e a viabilidade econômica da propriedade rural.     


Fonte: Revista Coopercirus. Pela Redação. 26 de setembro de 2012.



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