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Scot Consultoria

Incubadora produz 400 mil pintos por ano e estimula a avicultura familiar


Segunda-feira, 24 de setembro de 2012 - 08h30

Para estimular a expansão da avicultura, um dos segmentos do setor produtivo que mais cresce no Acre, a central de incubação da Secretaria de Agropecuária (Seap) produz 10 mil pintos por semana e tem como principal comprador o produtor familiar. O governo do estado também vem fomentando a criação de galinhas da variedade Caipira Tropical nas comunidades e municípios mais isolados por meio do Programa de Segurança Alimentar.


Segundo o secretário adjunto da Seap, Mamed Dankar, mais do que atender a interesses comerciais, a incubadora do estado está a serviço dos pequenos produtores familiares. "Consideramos que seja essa a função social da atividade da Central de Incubação", garante, explicando que o estímulo à criação de aves está ajudando a elevar a qualidade da alimentação das famílias.


O Programa de Segurança Alimentar envolve uma parceria entre a Secretaria de Agricultura e Pecuária (Seap) e a Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof). Segundo o técnico da Seaprof, Altemar Pereira de Lima, o fomento à criação de galinha caipira tem duas finalidades principais: incrementar a dieta alimentar nos municípios isolados e favorecer o plantel dos produtores.


Os pintos custariam aos produtores cerca de R$1,30 (para corte) ou R$1,60 (para postura de ovos) mas, pelo Programa de Segurança Alimentar, aqueles situados nos municípios mais distantes não pagam nada - o que é um incentivo do governo do estado.


As linhagens trabalhadas na central de incubação são: Pedrês, Caipira Tropical, Gigante Negro, Pescoço Pelado, Pescoço Vermelho, Embrapa e Isal Brawn. Elas atendem às necessidades dos produtores que se interessarem por criar para a produção de ovos ou para corte. Semanalmente, são distribuídas 10 mil aves em 17 municípios do estado.


Jalcenyr Pessoa, zootecnista da Seap, explica a sequência de produção da central de incubação, que começa com os ovos fertilizados sendo colocados na incubadora por 18 dias e em seguida são transferidos para o nascedouro. Com 21 dias, os ovos eclodem, os pintos são selecionados e recebem vacina. "Aí estão prontos para a distribuição", conclui.


Produtores incrementam renda com comércio de aves


O produtor Alexandre Vasconcelos de Araújo, proprietário da fazenda Boi Verde, localizada na estrada Transacreana, semanalmente adquire de 50 a 100 pintos de um dia na central de incubação. Esta semana comprou 50 do tipo Gigante Negro, especial para corte. Após 70 dias, a ave está pronta para o abate. "Eu vendo lá na propriedade a R$20,00 o frango abatido. Compro o pinto de um dia por R$1,30. Dá pra fazer uma renda", disse Alexandre.


José de Almeida Maisforte, da Colônia São José, na estrada Transacreana, Ramal do Castanheira, chega a vender cerca de 800 frangos por mês a R$14,00, alcançando uma renda de mais de R$11 mil. "É assim que a gente vai levando: cria frango, planta. Eu vendo tudo lá na propriedade mesmo", explicou. Esta semana, José Almeida levou mil pintos de um dia.


Central de incubação tem 36 anos


Por 12 anos a central de incubação ficou inativa. Inaugurada em 1976 produzindo pintos para corte e de postura de ovos brancos, após a abertura da BR-364 a atividade foi considerada economicamente inviável. O ano era 1990. "Em quase todos os segmentos da produção agropecuária isso aconteceu. A organização econômica da época não nos permitia competir com os produtos importados de São Paulo", conta João Fleming, zootecnista da Seap.


Em 2002 os registros apontavam que o Acre importava de Rondônia 20 mil aves. O governo do estado, comandado por Jorge Viana, investiu na reabertura da central de incubação com o objetivo de produzir 20 mil pintos por mês. Com uma nova visão tanto econômica como social, a decisão foi acertada e hoje são produzidos 10 mil pintos por semana. Em 2011 a produção foi de 403.212 pintos, atendendo 2.728 produtores familiares.


Fonte: Avicultura Industrial. Pela Redação. 21 de setembro de 2012.



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