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Minerva estima triplicar exportações no Paraguai


Quarta-feira, 5 de setembro de 2012 - 15h20

Com a aquisição do Frigomerc, anunciada na noite de segunda-feira (3/9), o Minerva Foods pode triplicar suas exportações de carne bovina a partir do Paraguai.


Segundo o diretor financeiro do frigorífico brasileiro, Edison Ticle, a receita anual com os embarques provenientes do país vizinho deverá oscilar entre US$150 milhões e US$200 milhões após a concretização do negócio. Em 2011, segundo dados do governo paraguaio, o Minerva exportou o equivalente a US$64,8 milhões do país - cerca de 8% das exportações locais de carne.


"Com a compra, seremos o primeiro ou o segundo maior exportador de carne bovina do Paraguai e um dos cinco maiores exportadores do país, considerando todos os setores", afirma Ticle.


Segundo o executivo, o Paraguai tornou-se um mercado atraente para investimentos na produção de carnes. A primeira razão é que o preço do boi gordo (responsável por até 80% dos custos de um frigorífico) está, em média, 10% abaixo do praticado no mercado brasileiro. Além disso, o custo da mão de obra "tão ou mais qualificada que a brasileira" é até 15% mais barata.


Ticle afirma ainda que o "ambiente de negócios no Paraguai é muito mais amigável e racional do que no Brasil. As leis trabalhistas são muito mais flexíveis e a legislação tributária é muito mais amigável". No país vizinho, explica, a empresa paga apenas dois tributos - o Imposto sobre Valor Agregado e o Imposto de Renda.


O executivo afirma ainda que a receptividade às exportações de carne bovina do Paraguai está crescendo, apesar dos recentes problemas com a febre aftosa. "O foco ficou restrito a uma região, tanto que os mercados se mantiveram abertos e o único que fechou, o Chile, deve reabrir até o fim do mês", disse Ticle.


O Minerva pagou US$35 milhões pelo Frigomerc, que tem um faturamento da ordem de US$150 milhões. Nesta segunda-feira (3/8), as ações da companhia fecharam em queda de 0,66%, a R$10,50, na BM&FBovespa. No ano, as ações acumulam uma alta expressiva de 108%.


Fonte: MAPA. Por Gabriela Caldas e Carlos Mota. 4 de setembro de 2012.



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