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Japão adia compras de milho por causa de preços altos


Segunda-feira, 3 de setembro de 2012 - 08h54

O Japão, maior importador mundial de milho, está atrasando as compras do grão devido aos altos preços no mercado internacional. Além disso, o país asiático está cada vez mais buscando o produto no Brasil e na Ucrânia, em vez dos Estados Unidos, que são o maior produtor da commodity.


A precificação de quase nenhum volume de milho importado pelo país foi estabelecida, nem mesmo para as cargas programadas para desembarcar em setembro, disse à Dow Jones Newswires um executivo de uma trading de commodities. "É bastante incomum que os compradores adiem a precificação até tão perto da hora do embarque, mas eles estão esperando até o último minuto na esperança de, pelo menos, alguma correção para baixo", afirmou a fonte.


Os fabricantes de ração japoneses costumam comprar milho com um prêmio sobre o preço futuro da bolsa de Chicago, e o valor final é travado em um momento posterior, a ser definido pelo comprador.


Embora a oferta global de milho siga apertada, os importadores depositam esperanças no avanço da colheita nos Estados Unidos e na Ucrânia, como fatores que podem fazer os preços perderem um pouco de força.


A estimativa é que mais de 60% das necessidades de importação de milho do Japão para o quarto trimestre ainda precisam ser cobertas.


De cerca de um milhão de toneladas de milho já adquiridas pelos japoneses para o intervalo de outubro a dezembro, 50% têm origem no Brasil. Os Estados Unidos, que tradicionalmente respondem por mais de 90% do milho importado anualmente pelo Japão, já reduziram sua participação para 80% - e analistas acreditam que dificilmente fecharão 2012 com uma participação acima de 60%.


O prêmio para o milho brasileiro foi de US$1 bushel para os embarques em outubro e novembro, e de US$1,05 por bushel para os de dezembro. O grão vindo da Ucrânia recebeu prêmios semelhantes para os embarques de novembro e dezembro, dizem os traders. O milho brasileiro chega ao Japão com um valor até US$30 por tonelada mais em conta que o americano.


Fonte: Valor Econômico. Por Mariana Caetano. 31 de agosto de 2012.



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