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Mato Grosso visa mercado suíno de SC após abertura de mercado japonês


Sexta-feira, 31 de agosto de 2012 - 08h58

Produtores de carne suína de Mato Grosso já planejam ocupar espaços do mercado brasileiro deixados por Santa Catarina. Isso porque o estado sulista obteve aval para direcionar a partir de 2013 parte da sua produção para o Japão, o que deve diminuir o fornecimento dentro do país. O fato de o estado mato-grossense não ter status de zona livre da aftosa sem vacinação, assim como Santa Catarina, impede, pelo menos agora, a exportação da mercadoria regional para o Oriente.


Suinocultores regionais pressionam, todavia, o governo federal para que busque a abertura de outros novos mercados, como já ocorre com a Ásia. Somente para a China, as exportações estaduais cresceram em julho 95,9% frente junho, salto de 223 toneladas para 437 toneladas e em comparação a julho de 2011 o acréscimo foi de 14,3%. Apesar da melhora, os produtores ainda amargam prejuízos. Neste mês, o preço pago pelo suíno vivo voltou a cair depois que o consumidor reduziu a compra da carne devido ao aumento de preço nos supermercados. O encarecimento é fruto da alta no valor da ração provocada pela falta de milho no mercado.


De acordo com o presidente da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (ACRISMAT), Paulo Lucion, a abertura do Japão à carne suína de Santa Catarina beneficiará todo o Brasil. "Santa Catarina diminuirá a entrega de carne dentro do Brasil, com isso os demais estados, principalmente Mato Grosso, passarão a comercializar para onde ela vendia a carne. O que é muito bom para nós, pois para o Japão é muito difícil conseguirmos abrir mercado, pois não temos o status de livre da aftosa sem vacinação. Entretanto, seguimos pressionando o governo federal para que busque outros clientes".


O fato é confirmado pelo analista de mercado do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA), João Henrique Buschin. "Além disso, temos outros países que a cada mês ampliam as compras, como é o caso da China". O analista comenta que conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), em julho 437 toneladas de carne suína foram enviadas para a China, o volume é superior as 223 toneladas de junho e 382 toneladas de julho de 2011.


Conforme dados da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (ABIPECS), Mato Grosso exportou de janeiro a julho deste ano US$14,10 milhões em carne suína, 44% a menos que em 2011. Contudo, no mês de julho houve elevação de 18,6% nos embarques ante o mês do ano passado, um salto de US$1,963 milhão para US$2,330 milhões.


Levantamento do IMEA mostra que em agosto o produtor está gastando em média R$2,46 para produzir um quilo de carne suína e recebendo o mesmo valor ao vender para o frigorífico.


"Entretanto, nesta semana o produtor está recebendo em média R$2,63 e gastando R$2,46. Voltou-se a ter lucro, contudo ainda é pouco para recuperação do setor. Já temos notícias de estabilidade nos preços pagos aos produtores nos próximos dias por ser final de mês", comenta Buschin, frisando que 72% dos R$2,46 gastos para produzir um quilo de carne refere-se a alimentação do animal.


Fonte: Suinocultura Industrial. Pela Redação. 30 de agosto de 2012.



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