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Vitrine mundial


Quinta-feira, 23 de agosto de 2012 - 16h03

O Brasil é visto pela comunidade internacional como o celeiro mundial de produção de alimentos.


Em um levantamento feito pela FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) e pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) até 2050 a produção mundial de alimentos deverá crescer 60% para poder abastecer os mais de 9 bilhões de habitantes que ocuparão a Terra.


Segundo as duas organizações, o crescimento de produção virá principalmente dos países emergentes como Brasil, China, Indonésia, Tailândia, Índia, Rússia e Ucrânia.


A produção de leite é uma das atividades que necessitam ter sua capacidade de produção ampliada, e o Brasil vem fazendo a sua parte. Em 2011, foram produzidos 31,7 bilhões de litros e alcançamos a 5º colocação no ranking dos maiores produtores do mundo, atrás dos EUA, Índia, China e Rússia, respectivamente.


A Leite Brasil, associação que representa os produtores de leite brasileiros, acredita que em 2012 a produção deve crescer 4%, chegando a 32,3 bilhões de litros, estimulada pelo aumento da demanda doméstica e o crescimento das exportações.


Na rota do leite


Falando em exportações, no último dia 14 um grupo de investidores chineses veio ao Brasil em busca de leite de qualidade e de genética para a produção leiteira. A comitiva foi liderada pelo sr. Ji Baoguo, presidente da BCOF International, uma das maiores empresas estatais da China. A BCOF atua na importação e na indústria de alimentos, além de fabricar produtos destinados a bebês e crianças. De acordo com Ji Baoguo, os mascotes- símbolo das Olimpíadas de Pequim (2008) foram fabricados pela empresa.


Jônadan Ma, diretor executivo do Grupo Boa Fé - Ma Shou Tao, um dos maiores produtores de leite e genética leiteira do país, recebeu e acompanhou os investidores durante a passagem pelo Brasil.


Os chineses conheceram a Fazenda Boa Fé, no município de Conquista (MG), onde são produzidos 8.000 litros de leite/dia de alta qualidade com animais das raças Holandês e Girolando, em um sistema totalmente automatizado.


"Eles querem conhecer nossos produtos e tecnologias agrícolas, de pecuária e de alimentos. Este grupo atua fortemente com alimentos e leite, e viu uma possibilidade de investir aqui no Brasil.


Como somos um grupo fundado e dirigido por chineses, isso abriu as portas para que eles chegassem até nós, permitindo-lhes conhecer de perto a base de nosso trabalho, que faz parte da qualidade do leite da Itambé", declara Jônadan Ma.


No período da tarde, o grupo visitou a unidade da Itambé, em Uberlândia (MG). A fábrica da Itambé, Nelson Ferreira Junior, gerente industrial da empresa, coordenou o grupo durante a visita. "Este relacionamento comercial pode gerar resultados econômicos não só para a Cooperativa, que produz leite U.H.T. e em pó de alta qualidade, como para os cooperados que terão de aumentar sua capacidade de produção, uma vez que abre mais o mercado externo do nosso setor e faz com que nosso leite seja mais consumido no exterior", avalia Nelson.


O Brasil vive o seu melhor momento para alavancar a sua produção agropecuária. Os números do setor são expressivos. Segundo o Cepea (Centro de Pesquisas Avançadas em Economia Aplicada), em 2011 o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio avançou 5,73%, mais que o dobro da economia em geral. Uma prova de que a atividade é o principal vetor de crescimento da nação e merece ser valorizada pelo papel que desenvolve, sob qualquer condição.


Fonte: InteRural. Por Gustavo Ribeiro. 23 de agosto de 2012.




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