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Minerva prevê manter margem de dois dígitos no segundo semestre


Quarta-feira, 15 de agosto de 2012 - 16h42

A maior disponibilidade de gado para abate e o difícil momento vivido pelas processadoras de aves e suínos devem beneficiar as operações do Minerva, único entre os grandes frigoríficos do país que opera apenas com carne bovina. Segundo o presidente do Minerva, Fernando Galletti de Queiroz, a companhia enxerga condições favoráveis para repetir o desempenho do segundo trimestre, quando atingiu uma margem Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação, na sigla em inglês) de 10,5%, ante 8,5% do mesmo período do ano passado.


"A pressão dos grãos afetará os preços das proteínas concorrentes, beneficiando a produção de carne bovina da América do Sul, que não é exclusivamente dependente de grãos", afirmou Galletti na segunda-feira (dia 13 de agosto), em conferência sobre os resultados da companhia do segundo trimestre, divulgados no domingo.


Como já era esperado pelo mercado, o Minerva apresentou um forte resultado operacional, sobretudo pelo cenário de maior oferta de animais para abate. No período, o Ebitda saltou 41,4% na comparação anual, para R$112,7 milhões. Já a receita líquida da companhia alcançou R$1,07 bilhão, um aumento de 14,6% ante o registrado um ano antes.


Se a concorrência das carnes de frango e suína beneficiam as operações do Minerva no mercado interno, as exportações também devem ajudar a manter as margens da companhia em um patamar ao menos próximo ao alcançado no segundo trimestre.


Segundo Galletti, a restrição de oferta de gado bovino em importantes exportadores deve sustentar o preço da carne bovina do país. "O Brasil está batendo recorde de exportação. O cenário é bastante favorável para segurar preços e até poder repassá-los na exportação."


Em meio às incertezas da economia mundial, o frigorífico Minerva ampliou em cerca de R$260 milhões sua reserva em caixa para se precaver contra uma possível crise de crédito, informou o diretor financeiro da companhia, Edson Ticle, durante a conferência.


Em condições normais, explicou o executivo, o Minerva mantém uma disponibilidade de caixa entre R$500 milhões e R$550 milhões, equivalente à compra de gado de dois meses. No balanço divulgado nesta segunda-feira (13/8), a empresa reportou uma disponibilidade de R$818,5 milhões.


"Não vemos uma situação econômica em termos de crédito, bem resolvida. Além disso, algum momento de stress com empresas do setor pode trazer aversão ao risco", afirmou Ticle.


Segundo o diretor financeiro do Minerva, a empresa deve manter a nova política de caixa mínimo enquanto as oferta de crédito por bancos privados e no mercado de renda fixa permanecerem incertas. "Não sei dizer quanto tempo vai durar. Depende de como a situação andar", acrescentou Ticle.


Fonte: Avicultura Industrial. Pela Redação. 14 de agosto de 2012.



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