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Scot Consultoria

Minerva apura perda de R$130 milhões no 2º trimestre


Segunda-feira, 13 de agosto de 2012 - 08h39

Apesar do melhor desempenho de suas operações, o frigorífico Minerva reportou quinta-feira (dia 9 de agosto) um prejuízo (atribuído aos acionistas controladores) de R$130,3 milhões no segundo trimestre, ante uma perda de apenas R$1,5 milhão em igual período do ano passado.


O número veio pior do que esperado pelos bancos de investimento. Na média, Barclays, Itaú BBA, Bradesco e HSBC projetavam um prejuízo de R$90 milhões. O resultado também é pior do que o apresentado no primeiro trimestre (prejuízo de R$65,74 milhões).


O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) cresceu 41,4% na comparação anual, para R$112,7 milhões. Com isso, a margem em relação ao Ebitda avançou de 8,5% para 10,5%. Já a receita líquida da companhia alcançou R$1,07 bilhão, um aumento de 14,6% ante o registrado um ano antes.


O aumento foi puxado pelas receitas vindas do exterior, que saltaram 43,8%, para R$768,1 milhões, em parte neutralizado pela queda de 22,4% nas vendas para o mercado interno, que somaram R$373,1 milhões. O volume de abates aumentou 2,3%, para 442,1 mil cabeças.


Os ganhos foram, porém, engolidos pelo prejuízo financeiro de R$274,2 milhões, quase quatro vezes maior do que o registrado um ano antes (R$69,4 milhões). Em comunicado ao mercado, o Minerva informou que o resultado financeiro líquido foi comprometido pelo efeito da desvalorização do real sobre a dívida lastreada em dólar.


No período, a variação cambial resultou em uma perda de R$198,8 milhões, revertendo um ganho de R$14,8 milhões no mesmo trimestre de 2011. Contudo, esse prejuízo não tem efeito sobre o caixa da companhia, informa o comunicado. De acordo com a empresa, o lucro líquido antes do imposto de renda do segundo trimestre, ajustado para compensar o efeito cambial não-recorrente e sem efeito sobre o caixa, atingiu R$24,6 milhões.


O Minerva encerrou o segundo trimestre com uma dívida líquida de R$1,58 bilhão, 28,4% maior do que a registrada um ano antes. Contudo, o nível de alavancagem, medido pela relação entre a dívida líquida e o Ebitda, ficou estável, em 3,99 vezes. Embora elevada, 88,5% da dívida é de longo prazo, a maior parte, com vencimento entre 2019 e 2022. A dívida de curto prazo, com vencimento em até 12 meses, somava R$279,9 milhões, uma redução de 30,5% em relação ao apurado um ano antes. Já os recursos disponíveis em caixa somavam R$818,5 milhões.


Fonte: Avicultura Industrial. Pela Redação. 10 de agosto de 2012.



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