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Scot Consultoria

Preço do suíno vivo dá sinal de reação no RS


Terça-feira, 7 de agosto de 2012 - 15h30

O mês de julho se encerrou com a abertura de uma pequena perspectiva na recuperação no preço do suíno vivo, pago ao produtor pela indústria de carnes no Brasil. Para o presidente da Associação de Criadores de Suínos no Rio Grande do Sul, Valdecir Folador, no meio da semana o suinocultor conseguiu fechar negócios vendendo o quilo a valores próximos a R$2,20. "O valor ainda está distante do custo de produção, que gira na casa dos R$2,80, em função da elevação dos insumos básicos utilizados na alimentação dos animais, como o milho. Estou acreditando que partir de agosto teremos uma continuidade, mesmo que lenta, no aumento do preço do suíno, que está há meses no sinal vermelho com imenso prejuízo ao produtor", avalia Folador. 


De acordo com o dirigente da associação, hoje o estado do Rio Grande do Sul produz, em 10 mil pequenas propriedades rurais, cerca de 650 mil toneladas de carne suína por ano, abatendo perto de 7 milhões de cabeças de suínos anualmente. O presidente da entidade, não vê na produção dos insumos a alternativa principal para a recuperação econômica da atividade. "Plantar milho, por exemplo, para transformar o grão em alimento não significa lucratividade na suinocultura. É preciso computar por quanto uma saca do cereal está sendo comercializada no mercado. É insignificante o que poderá representar em lucro dentro da propriedade rural se produzir a alimentação dos animais", explica Folador. Ele lembra que a produção de 90% os suínos acontece dentro das pequenas áreas rurais, onde não se tem terra suficiente para o plantio de milho, ou outro grão que possa servir de alimentação aos suínos.


Para o presidente da associação, o modelo imposto pela indústria na cadeia de produção dos suínos, através do sistema integrado, contribuiu muito para a atual crise no setor. Folador, ao colocar responsabilidades no sistema integrado sugere que agora a indústria assuma a sua parte na busca pela recuperação da suinocultura brasileira. "A crise não está apenas aqui no Rio Grande do Sul. Os produtores de todo o Brasil sofrem com os preços baixos, que recebem por um quilo de suíno vivo", completa.


Mesmo insatisfeito com o momento da atividade o presidente aposta que antes do final do ano os produtores começarão a ter um pequeno lucro. "Tudo nos leva a crer do que o momento mais delicado já está passando. Pior do que estava, há algumas semanas, não tem como ficar", reforça.


Folador enfatiza que a retomada do crescimento da suinocultura também passa por uma política de preços do governo federal. "A nós cabe gerenciar a propriedade, ao governo encontrar mecanismos junto com a indústria que nos garantam um preço justo ao quilo do suíno", concluiu Folador, lembrado que é possível a atividade ser lucrativa mantendo o homem no campo.


Fonte: Diário da Manhã - Passo Fundo. Pela Redação. 6 de agosto de 2012.



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