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Ano que vem não haverá milho armazenado a céu aberto


Terça-feira, 7 de agosto de 2012 - 15h27

O ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, disse há pouco que em 2013 não haverá problemas para armazenar a safrinha de milho. Este ano, a produção recorde já faz com que, em alguns municípios de Mato Grosso, faltem silos e o produto seja guardado a céu aberto. "Ano que vem não vai ter isso não. Estamos trabalhando para fazer frente à demanda dos produtores brasileiros", afirmou ele, que participa do 11º Congresso Brasileiro do Agronegócio: Brasil Alimentos e Energias - Seguranças Globais, em São Paulo.


Perguntado sobre como o governo vai garantir a armazenagem, que no estado de Mato Grosso supera cerca de quatro vezes o consumo local, o ministro disse que o governo vai se valer do Plano Nacional de Armazenagem, que prevê a construção de silos e armazéns em regiões estratégicas. Segundo o ministro, o governo vai tentar atender as necessidades do setor. Mendes Ribeiro destacou, porém, que em época de crise, quando a demanda oscila, é importante que o setor produtivo administre a produção. "Temos de cuidar para não termos excesso de produção", comentou.


O ministro acrescentou que o governo está atento, procurando atender o setor produtivo. Ele citou os casos dos setores de suínos e de laranja, que receberam apoio do governo. Questionado sobre a demanda do setor avícola, ele respondeu: "calma, está sendo estudado". Os criadores de aves reclamam da alta dos preços do milho e da soja, que representam 70% dos custos de produção. Segundo os produtores, os altos custos podem reduzir a produção em 10% até o fim do ano.


Sobre a missão russa que deixou o país na sexta-feira passada dia 3 de agosto, o ministro disse que ainda não tem resposta técnica sobre o resultado da perícia. Uma equipe formada por nove técnicos russos visitou durante duas semanas 20 frigoríficos em seis estados (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Goiás, Mato Grosso e Pará), todos impedidos de exportar para aquele mercado. Mendes Ribeiro espera, no entanto, ter alguma sinalização oficial ao longo desta semana.


Ele voltou a criticar a falta de critérios que o governo russo adota para embargar a carne brasileira. "Uma hora o embargo é por estado, depois é por planta. Queremos definição de critério. Um posicionamento do governo russo é fundamental", informou. Segundo ele, ao longo de cerca de duas semanas os russos teriam levando alguns questionamentos, que foram respondidos pelos técnicos brasileiros. Paralelamente ao aguardo de resposta do governo russo, o Brasil tenta abrir novos mercados. Mendes Ribeiro citou a Albânia, salientando que o Leste Europeu é estratégico para avançar sobre novos mercados e contornar a demora da Rússia.


Sobre a greve dos fiscais federais agropecuários, deflagrada hoje, o ministro disse que se reuniu com o setor na semana passada e pediu para que a paralisação não prejudicasse as atividades. Segundo ele, por orientação da Presidência da República, o ministério está fazendo acordo com os estados na tentativa de minimizar os prejuízos.


Fonte: Sociedade Rural Brasileira. Pela Redação. 6 de agosto de 2012.



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