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Preços de grãos seguem elevados até 2015, prevê Banco Mundial


Quarta-feira, 1 de agosto de 2012 - 15h02

Os preços dos grãos, que vêm atingindo níveis recordes em razão da queda da produção em diversas regiões do mundo, devem continuar elevados por pelo menos mais três anos, até 2015, afirmou o Banco Mundial nesta terça-feira (31/7). Segundo reportagem do jornal canadense "Globe and Mail", a instituição avalia que são necessárias medidas emergenciais para conter a escalada das cotações.


"Neste momento, as projeções de safra não indicam potencial de falta dos principais grãos", ponderou o Banco Mundial. "No entanto, os estoques estão baixos e as colheitas continuarão dependendo do clima global, o que deixa os preços mais vulneráveis a uma alta volatilidade."


Os preços altos do pão, da carne e de alimentos processados podem comprometer o "crescimento global e a estabilidade social", disse o banco, mencionando que a população de regiões carentes gasta aproximadamente dois terços de sua renda com alimentação. "Não podemos permitir que o avanço dos preços dos alimentos no curto prazo torne o mundo mais pobre e vulnerável no longo prazo", comentou o presidente da instituição, Jim Yong Kim, em nota.


Segundo o banco, os preços do trigo subiram quase 50% desde meados de junho, enquanto os do milho tiveram valorização de 45%. O preço da soja, por sua vez, avançou 30% desde o início de junho e 60% desde o fim do ano passado. "Quando os preços dos alimentos sobem muito, as famílias tiram os filhos da escola e comem alimentos mais baratos e menos nutritivos, o que pode ter efeitos catastróficos ao longo da vida no bem-estar social, físico e mental de milhões de pessoas jovens."


Atribui-se o salto das cotações ao clima desfavorável em diversas áreas agrícolas. Além da forte seca no Meio-Oeste dos Estados Unidos, o clima é adverso na Rússia, na Ucrânia e no Casaquistão. Na Índia, o volume de chuvas de monções está 20% inferior à média histórica e, na Europa, o excesso de precipitações tem prejudicado os produtores.


Em contrapartida, a alta dos grãos pode ser positiva para a renda de pequenos produtores, de acordo com o Banco Mundial. "Preços mais altos podem trazer uma renda desesperadamente necessária para produtores pobres, permitindo que invistam, aumentem sua produção e, desse modo, se tornem parte da solução para a segurança alimentar global", afirmou.


Fonte: Sou Agro. Pela Redação. 31 de julho de 2012.



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