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Agroindústria quer medidas do governo para conter encarecimento de insumos


Quinta-feira, 26 de julho de 2012 - 16h25

Medidas emergenciais para garantir o suprimento de milho ao vasto parque agroindustrial catarinense foram reivindicadas ao ministro Mendes Ribeiro Filho, da Agricultura, pelas principais entidades de representação do setor - a Associação catarinense de avicultura (ACAV) e o Sindicato das indústrias da carne e derivados de Santa Catarina (SINDICARNE).


As entidades mostram que o estado é um grande e eficiente produtor de carnes de frango e de suínos. O modelo integrado à agroindústria é responsável por cerca de 40 mil empregos diretos e pela atividade de cerca de 17 mil produtores catarinenses. Enfatizam que o insumo fundamental para este segmento é a ração, formada basicamente de milho (70%)  e soja (30%), cabendo às  agroindústrias fornecerem a ração aos produtores integrados de suínos e aves.


O presidente do SINDICARNE, Clever Pirola Ávila, realça que a produção de milho no estado é insuficiente para atender a demanda dos setores. A solução disponível é a importação do produto de outras regiões, o que acarreta no aumento de tributação e no acréscimo do custo em transporte e logística associada.


Outro produto de grande demanda é a soja, atualmente com baixa disponibilidade para o mercado interno porque 90% da produção está negociada para exportação, o que afeta diretamente o preço: hoje, a saca de soja no porto custa R$70,00 e a tonelada do farelo de soja, cerca de R$1.100,00.


A ACAV e o SINDICARNE pediram a intervenção do Ministério da Agricultura para adotar medidas urgentes de apoio ao setor de suínos e aves. Entre elas, os mecanismos de apoio à comercialização através de realização de VEPs e PEPs visando o abastecimento de milho e soja com qualidade para uso em ração animal. Nesse aspecto, reclamam que as recém-editadas portarias interministeriais nº143 e 144 não incluíram a agroindústria como adquirente/beneficiaria. Outra medida reivindicada é a criação de um programa de subsídio no frete para transporte de grãos importados dos outros estados.


Clever Ávila considera imprescindível a interferência do governo federal para regular o volume de exportação da soja, visando abastecimento do mercado interno do produto, principalmente a produção animal.


Outra demanda do setor é a desoneração de encargos da folha de pagamento e outros incentivos que viabilizem a continuidade das atividades e fazem parte do agronegócio brasileiro, "cuja contribuição à balança comercial é imensa".


"É essencial para Santa Catarina a adoção de medidas que tornem menos onerosa a aquisição desses insumos para a conversão proteica. Tais ações não devem se concentrar em apenas uma área, mas devem incidir, tanto em medidas tecnológicas de produção, quanto sócio-econômicas, passando por soluções em transporte e estocagem, de curto, médio e longo prazo".


A ACAV e o SINDICARNE sustentam duas reivindicações no plano estadual: o diferimento do ICMS na aquisição dos grãos para agroindústrias, produtores e cooperativas de aves e suínos e a criação de um programa estadual de aumento da produção de milho, por meio de pacotes tecnológicos, visando aumentar a produtividade de 6 toneladas/ha para 10 toneladas/ha. Ainda, o aumento da capacidade de armazenagem do produto.


"A permanência desse quadro significa forte incremento no custo de produção de aves e suínos  no território catarinense e consequente perda de competitividade da agroindústria barriga-verde", encerra o dirigente.


Fonte: Suinocultura Industrial. Pela Redação. 25 de julho de 2012.



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