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Preço da soja extrapola margens anteriores


Quarta-feira, 18 de julho de 2012 - 08h48

Preços novamente recordes para soja mato-grossense nesta semana que se inicia. Com oferta e demanda muito apertada e projeções de que a produção mundial poderá ter novas baixas em razão da seca que prejudica o desenvolvimento das lavouras norte-americanas, o mercado acirra a disputa pelo grão da safra atual, e impõe novos tetos, mas poucos produtores podem aproveitar o momento do mercado disponível que elevou a saca no estado para uma cotação acima de R$70 e se mostra firme, pelo menos até o final de agosto. 


No estado, de uma produção de 21,36 milhões de toneladas em 2011/12, restam a comercializar, na teoria, menos de 370 mil toneladas. Sob a pressão da demanda, a saca que já havia atingido valor recorde na semana passada em Rondonópolis (210 quilômetros ano sul de Cuiabá), R$70,00, deu outro salto recorde ontem, de R$71,50 para R$73,00. Valorização essa observada pelos analistas em soja em várias praças brasileiras. Como destaca, a comercialização segue arrastada, porque a disponibilidade do produto é pequena. "Os ganhos migram para a venda antecipada da safra 2012/13, que segue bem acima do normal para o período, com os produtores aproveitando os ótimos preços". 

No balanço dos últimos sete dias, no entanto, o contrato com entrega em julho ficou quase que estabilizado, passando de US$16,26 por bushel no dia 5 para US$16,25 no dia 12. Mas no dia 9, o contrato atingiu o maior nível da história, batendo em US$16,65, impulsionado pelas preocupações com o clima seco e as temperaturas elevadas no meio oeste dos Estados Unidos. Com as condições climáticas desfavoráveis, a expectativa é de redução no potencial produtivo da safra norte-americana, apertando ainda mais o quadro de oferta e demanda mundial, após a quebra no Brasil e na Argentina. 

Além de cenário positivo de Chicago, o dólar se valorizou 0,8% frente ao real, fechando a última quinta-feira em R$2,040. Diante deste quadro, os preços subiram nas principais praças do país. 

Os preços internos da soja não param de subir, alavancados pela combinação de nova alta no mercado externo neste início de semana, alta no prêmio de exportação e alguma melhora na taxa de câmbio. E novas altas são ainda possíveis caso as condições da nova safra sigam piorando, com o pico tendendo a acontecer até o final de agosto. Ainda assim, recomenda-se atenção ao comportamento das chuvas previstas nesses próximos dias para parte do meio oeste, pois se volume e cobertura ficarem acima do esperado, os preços podem perder força. 


Fonte: Diário de Cuiabá. Por Mariana Peres. 17 de julho de 2012.



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