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Mapa ouve reivindicações de criadores de suínos


Sexta-feira, 13 de julho de 2012 - 09h44

Após ouvir as reivindicações da cadeia produtiva da suinocultura nacional, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) anunciou oficialmente as medidas de apoio ao setor em audiência na Comissão de Agricultura do Senado Federal nesta quinta-feira (12).


O ministro Mendes Ribeiro Filho destacou que, além de oferecer condições melhores de pagamentos de dívidas e opções de crédito especial, o Governo Federal negocia constantemente para abrir mais oportunidades de comercialização dos produtos com outros países. "Nós trabalhamos muito para reabrir o mercado da carne suína para a Albânia, retomamos o comércio com a Argentina. Tem uma missão da Rússia chegando também. A questão do comércio exterior está sendo normalizada", afirmou.


O secretário de Política Agrícola do Mapa, Caio Rocha, detalhou que os suinocultores terão R$200 milhões disponíveis em Linha de Crédito Especial (LEC) com taxas a 5,5% de juros ao ano. "O limite pedido pelo setor foi de R$20 milhões por demandante (produtor ou agroindústria), mas o Governo autorizou R$40 milhões", complementou. Além disso, Caio Rocha anunciou que as dívidas contraídas pelo antes de 2012 serão prorrogadas por um ano com taxa de 5,5% a. a.


Já a linha de crédito para retenção de matrizes por produtores independentes, prevista no Plano Agrícola e Pecuário 2012/13, só será alterada se houver demanda. O valor limite previsto continua sendo de R$1,2 milhão por produtor, podendo chegar a R$2 milhões, com o prazo de pagamento mantido em até dois anos e juros de 5,5% ao ano.


"Eu acho, e tenho convicção que isso não se encerra aqui. Essa audiência pública é só o início de um processo que nós precisamos fazer alguns ajustes. Do ponto de vista de seriedade, do compromisso assumido, são essas as medidas, nesse momento. Isso não impede que a gente possa continuar dialogando", finalizou o secretário.


Governo estuda compra de carne suína para elevar preço


O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, disse nesta quinta-feira, 12 de julho, que mais medidas podem ser adotadas pelo Governo Federal para minimizar os efeitos da crise do setor de suinocultura. A afirmação foi feita durante reunião no início da tarde para 50 representantes da cadeia produtiva do setor, na sede do Ministério da Agricultura.


"Foi preciso acionar linhas especiais de crédito, com juros de 5,5% ao ano. Se formos analisar, são juros negativos que vão permitir o desafogo do produtor. No entanto, se for necessário, podemos adotar novas medidas", explicou o ministro.


A respeito da possibilidade de um preço mínimo, Mendes Ribeiro explicou que o Governo estuda a compra de carne suína por um valor que eleve o preço do mercado. "Não seria um preço mínimo, mas a compra do suíno pelo Estado e para fins institucionais. Estamos buscando alternativas de todas as formas. Queremos providenciar a compra do suíno com preços que possam ajudar o produtor e teremos essa resposta do Ministério da Fazenda na terça-feira [dia 17 de julho]".


Ainda de acordo com o ministro, a linha de crédito para retenção de matrizes por produtores independentes, prevista no Plano Agrícola e Pecuário 2012/13, poderá ser alterada, mas somente se houver demanda. O valor limite previsto continua sendo de R$ 1,2 milhão por produtor, podendo chegar a R$2 milhões, com o prazo de pagamento mantido em até dois anos.


Preço da ração, custo do milho e da soja, impactam diretamente na produção


A elevação no preço dos insumos, da mão de obra, dos gastos com logística, comuns no setor industrial, já afetam também o agronegócio brasileiro. Para tentar amenizar um pouco os prejuízos da suinocultura, foi debatido pela tarde entre representantes do Ministério da Agricultura e suinocultores ações que envolvem a negociação de dívidas de custeio e investimento, a disponibilidade de linha de crédito mais barata para a compra de leitões vivos, entre outras ações.


O custo elevado da produção é o que mais afeta o setor de suinocultura no momento, especialmente em rações, motivado pelo preço do milho e da soja, que são componentes principais do insumo. Aliado a isso, o embargo russo e as restrições impostas pelo governo argentino são responsáveis pelo excesso de oferta que derrubou os preços da carne suína no mercado interno.


O Ministério da Agricultura  está atacando esses problemas negociando com a Rússia, reabrindo o comércio com os argentinos e anunciando medidas pontuais para alavancar o setor. No entanto, são problemas que devem ser atacados, mas que não serão resolvidos no curto prazo. A alta das commodities no cenário internacional ameniza a situação, que, no entanto, piorou diante da quebra de produtividade por causa do clima, especialmente no Sul. Outro agravante, o déficit de armazenagem no país e a elevação nos preços dos fertilizantes, no último ano também interferem nos custos.


Esse cenário sobrecarrega o produtor que recebe hoje R$1,60 por quilo do suíno, em média, enquanto o custo de produção é de R$2,50 ou seja R$0,90 de prejuízo por quilo de animal. Uma matriz produtiva na propriedade tem um custo de R$800, e se for comercializada, o produtor receberá R$ 250. Foi com o objetivo de minimizar esse impacto que o Mapa anunciou as medidas e promete novas ações em concordância com o Ministério da Fazenda.


Fonte: MAPA. Pela Redação. 12 de julho de 2012.



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