Governo financiará antecipação de compra de carne suína

O financiamento da antecipação das compras de leitões e estocagem da carne suína por parte dos supermercados para atender à maior demanda durante as festas de fim de ano é uma das medidas que serão anunciadas na próxima quinta-feira (12/7) pelo governo federal para atender às reivindicações dos suinocultores, que acumulam prejuízos estimados em R$800 milhões, provocados pelo descasamento entre o preço recebido e o custo de produção.

A informação é do deputado Waldir Colatto (PMDB-SC) que, junto com outros parlamentares da bancada rural, participou na tarde desta terça-feira (10/7) de reunião com o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro (PMDB-RS), para conhecer a proposta que o governo federal irá apresentar aos suinocultores na quinta-feira, durante audiência pública na Comissão de Agricultura do Senado.

No mesmo dia, os produtores de suínos realizarão várias manifestações em Brasília, inclusive um churrasco de carne suína em frente ao prédio do Ministério da Agricultura.

Segundo Colatto, o governo deve destinar 200 milhões para o financiamento da compra de leilões, que será suficiente para retirar do mercado cerca de 2,85 mil animais, com preço pago ao criador de R$70,00 por cabeça, valor acima dos atuais R$50,00.

Collato explicou que os animais seriam abatidos agora com 25 a 30 quilos, evitando despesas do criador com alimentação para produzir um animal terminado (pronto para abate), que atinge 100 quilos. "Haveria um enxugamento na oferta nos próximos 30 a 90 dias", disse ele. O deputado afirmou que o governo também deve anunciar outras medidas, como prorrogação das dívidas com os bancos, financiamento para retenção de matrizes e linha de crédito para refinanciamento das dívidas contraídas junto ao setor privado.

O deputado afirmou que o governo também deve anunciar outras medidas, como prorrogação das dívidas de custeio e de investimento, até janeiro de 2013. Ele lembrou que um dos problemas enfrentados pelos suinocultores é a dificuldade em contratar financiamentos, porque os criadores não têm mais limites nos bancos nem garantias para serem apresentadas aos agentes financeiros.

Fonte: Sou Agro. Pela Redação. 10 de julho de 2012.