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Infestação de moscas afeta produção de leite e faz gado perder peso em SP


Terça-feira, 3 de julho de 2012 - 09h42

Uma infestação de moscas está causando prejuízo a pecuaristas de Santa Rosa de Viterbo (SP). Rebanhos de dez propriedades da região, cerca de dez mil cabeças, já perderam até 30% do peso e a produção de leite também caiu devido ao estresse provocado pelas picadas.


Tivemos que vender 15 cabeças porque eles estavam emagrecendo muito, contou a pecuarista Sueli Argeri, que há três meses tenta combater as nuvens de insetos.


Comum em áreas rurais, a mosca de estábulo se alimenta de sangue e tem a reprodução facilitada em regiões com altas temperaturas, onde existe palha de cana-de-açúcar com vinhaça e fezes de animais - elementos presentes em abundância na área afetada.


A súbita infestação desafia, porém, veterinários e pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) chamados para combater os mosquitos, pois os inseticidas normalmente utilizados nesses casos perderam a eficácia.


Em geral, os inseticidas estão fazendo pouco efeito porque já estão sendo utilizados para outros tipos de moscas e com isso estão fazendo menos efeito sobre essa outra espécie, explicou Gilson Pereira de Oliveira, vice-presidente do Centro de Pesquisas Agropecuárias da UNESP de Jaboticabal (SP).


A outra espécie citada por Oliveira é a mosca do chifre, cujo combate é mais fácil porque o inseto precisa permanecer sobre o animal para se alimentar e assim fica vulnerável aos produtos químicos. Já a mosca de estábulo tem um comportamento diferente. Ela pica e sai, vai para outro lugar, um poste. É mais difícil usar o repelente, diz.


Oliveira disse que a UNESP está pesquisando novos produtos, que já existem no mercado, e iniciará testes na região. Vamos fazer ensaios para descobrir algo que satisfaça o produtor, relata.


Até que a solução apareça, não são somente os animais que sofrem com a infestação. A aposentada Joana Maria Pereira afirma que, na casa onde mora com a família há 30 anos, o tormento com as moscas é constante.


Fonte: G1 Ribeirão e Franca. Pela Redação. 2 de julho de 2012.



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