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Pesquisadores trabalham na adaptação do trigo ao cerrado brasileiro


Quarta-feira, 27 de junho de 2012 - 09h41

Minas Gerais serve de base para programa que visa diminuir dependência do país às importações do produto


Brasil importa US$1 bilhão em trigo


Concentrada nos três estados da Região Sul, a produção de trigo no Brasil é insuficiente para atender à demanda do país. A maior parte consumida vem de fora, cerca de US$1 bilhão em importações. Para reduzir a dependência brasileira, em médio e longo prazo, o governo investe em pesquisas para implantação das lavouras de trigo em regiões não tradicionais.


Minas Gerais está servindo de base para experimentos que buscam a adaptação da planta no cerrado brasileiro. A Embrapa Trigo, que tem sede em Passo Fundo (RS), está fazendo parcerias no estado mineiro e testando novas variedades de trigo de sequeiro para estimular os produtores na região.


Em uma área experimental no município de Santa Juliana, no Triângulo Mineiro, mais de 600 diferentes materiais são utilizados para produção de sequeiro. A pesquisadora Edina Moresco explica que os estudos de melhoramento genético buscam vencer a barreira do brusoni, um fungo que mata a espiga da planta inviabilizando a produção na região.


Minas Gerais tem entre 25 e 30 mil hectares de trigo, que garantem a produção de 100 mil toneladas do cereal. No entanto, os mineiros consomem 900 mil.


- O trigo em Minas Gerais tem um potencial ilimitado. Podemos falar que hoje temos um milhão de hectares que podem ser ocupados com trigo. Não temos moinhos instalados, assim como não temos produção de trigo, e um fica dependendo do outro - avalia o coordenador do Programa de Desenvolvimento da Competitividade da Cadeia do Trigo (Comtrigo), Lindomar Antonio Lopes.


Ele explica que o Comtrigo é uma espécie de fórum permanente, sob tutela do governo estadual, no qual instituições de pesquisa trabalham no cultivo de trigo em Minas Gerais.


O produtor Sérgio Luis Petrachi espera por segurança. Ele produz trigo irrigado há 10 anos, mas agora está planejando investir no sequeiro e fazer rotação com soja.


- A gente tiraria a soja no mês de fevereiro e entraria em fevereiro e no comecinho de março com o trigo. A gente está aqui pra ver variedade que se adapta a região - conta o agricultor, esperançoso pelos resultados da Embrapa.


Fonte: Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil. Pela Redação. 26 de junho de 2012.



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