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Scot Consultoria

Setor privado tem mais chance de resolver embargo russo, diz Scot


Quinta-feira, 14 de junho de 2012 - 17h43

O diretor da Scot Consultoria, Alcides Torres, afirmou nesta quinta-feira (14) que o embargo russo às carnes brasileiras dificilmente será solucionado pelo governo. Para ele, o setor privado tem mais chances de resolver essa questão. "Acho que a Abipecs (Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína) tem colhido muito mais resultados com relação ao embargo", disse ele, durante palestra na Feicorte 2012, em São Paulo.


O embargo russo completa um ano amanhã (15/6) e as vendas de carne suína, de janeiro a maio, tiveram queda de 47,50% em volume e 48,62% em receita, em comparação com o mesmo período do ano passado. Até o momento, nenhuma empresa dos três estados embargados (Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso) foi autorizada a vender para a Rússi.


Torres comentou, ainda, sobre o domínio do JBS, maior frigorífico do mundo, sobre o mercado brasileiro. Segundo ele, não é algo bom, já que tira o poder de negociação do produtor. "Antes da crise econômica de 2008, o JBS tinha 12,6% de participação de mercado. Agora, tem 20,7%. É um crescimento de 80%. Isso não é bom", disse.


Insumos


Os técnicos da Scot Consultoria acreditam que a entrada da safra de milho 2012/13 dos Estados Unidos, que deve ser recorde segundo o Departamento de Agricultura daquele país (USDA), poderá aliviar a demanda por soja, utilizada como insumo para produção de ração. "A demanda é crescente e o clima não está ajudando os produtores", comentou o zootecnista da Scot, Rafael Ribeiro de Lima, referindo-se aos problemas climáticos que têm apertado os estoques globais da oleaginosa.


Para Ribeiro de Lima, deve haver um aumento na área plantada com soja na temporada 2012/13 no Brasil em detrimento do milho de primeira safra, cujos preços recuaram fortemente neste ano em virtude da ampla oferta - a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima uma produção de 34,9 milhões de toneladas.


Já a área plantada com milho de segunda safra deve se manter na safra 2012/13 frente o período atual 2011/12, disse o zootecnista. "O milho safrinha, que não é mais safrinha, já representa praticamente metade da produção brasileira do cereal", afirmou Alcides Torres. A Conab estima colheita de 32,9 milhões de toneladas de milho na segunda safra de milho em 2011/12. "É a safrinha que está pressionando (os preços)", concluiu Torres.


A 18ª Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne (Feicorte) começou na segunda-feira (11) e vai até amanhã (15/6), no Centro de Exposições Imigrantes.


Fonte: Sou Agro. Pela Redação. 14 de junho de 2012.



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