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Confinamento de gado deve ter crescimento de 15% este ano em MS


Segunda-feira, 11 de junho de 2012 - 09h40

Tendência mundial, o confinamento de gado em Mato Grosso do Sul está crescendo e é tido como solução para a necessidade do aumento da produtividade diante da crescente falta de pastagens para pecuária, apontam especialistas. Não existem números oficiais, mas a estimativa da diretoria regional da ASSOCON (Associação Nacional dos Confinadores) é de que cerca de 400 mil cabeças de gado sejam criadas em confinamento e que neste ano tenha um aumento de 15% na produção.


"É uma tendência, algo irreversível. De agora para frente só vai crescer a produção em confinamento. Estamos trabalhando para aumentar a atividade no estado, mostrando todos os benefícios para os produtores e esclarecendo antigos mitos sobre a prática", diz a secretária da SEPROTUR (Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário, da Produção e Turismo), Tereza Cristina Correa da Costa. Além de titular da pasta, ela é também pecuarista.


O tema confinamento está sendo amplamente discutido pela primeira vez no estado durante o evento "Confinar 2012", com cerca de 600 produtores rurais, especialistas e estudantes do Brasil e de países vizinhos.


Durante o evento também foi criada a Associação dos Confinadores de Gado de Corte de Mato Grosso do Sul, que pretende facilitar a resolução de problemas da atividade e as discussões sobre o setor.


O objetivo é levar informação para os produtores e aumentar o número de gado em confinamento no estado, já que a atividade ainda é pouca difundida na região.


Ranking - Com a previsão de crescimento estimada para este ano, a estimativa é de que o MS fique em 5º lugar na produção vinda do confinamento no país.


A secretária Tereza Cristina, que é produtora rural, explica que as condições climáticas favoráveis e a grande área de pastagem do estado contribuíram para a "acomodação" da maioria dos produtores do estado, fazendo com que o investimento no setor de confinamento fosse mais lento que em outras regiões do país, como em Goiás, que sofre com a seca rigorosa no inverno.


Investimento - Agora, ela frisa que a maior dificuldade dos pecuaristas é o alto investimento necessário para iniciar o confinamento e, por isso, é importante proporcionar debates e oferecer informações técnicas sobre a atividade, mostrando que o retorno financeiro ao longo da produção e as diversas vantagens, entre elas a questão ambiental, compensam.


"As vantagens que ele tem ao todo são maiores. O produtor só precisa de orientação técnica e na fazer de fazer as contas", diz.


O diretor regional da ASSOCON, João Borges, ressalta o maior gasto do produtor é com a terra, então, conseguir aproveitar da melhor forma esse espaço é obter maior lucratividade.


"Você vai conseguir ter mais produtividade dentro do mesmo espaço", explica. Ele também frisa que apesar de ser uma atividade de risco, o confinamento é a única saída para a pecuária não ser engolida por outras atividades, como a agricultura.


O consultor de confinamento, Rodrigo Spegler, lembra que o produtor tem diversas opções para iniciar a atividade, como o confinamento estratégico, que acontece só durante o período de seca, ou buscar empresas terceirizadas.


"É uma alternativa para pequenos e médios produtores que querem iniciar a atividade, mas sem precisar de alto investimento no início", diz.


Mercado garantido - Além da necessidade produtiva, o confinamento é necessário para atender a um tipo de público exigente, que cada vez mais cresce, de acordo com o pesquisador Sérgio de Zen.


Segundo ele, os consumidores das classes C, D e A levam em conta na hora de escolher a carne para comprar o nível de qualidade, e isso é encontrado no gado criado em confinamento.


"Essa certificação de qualidade é garantida com o confinamento. O mercado precisa desse tipo de carne para atender a esse potencial público", diz.


Ele diz que não existem dados sobre o consumo, mas garante que falta produto para atender o mercado consumidor. "Tendo mais produção em confinamento, com certeza haverá público para consumir", diz.


Fonte: Campo Grande News. Pela Redação. 8 de junho de 2012.



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