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Scot Consultoria

Commodities Agrícolas


Terça-feira, 5 de junho de 2012 - 09h12

Produção global


Os preços do açúcar demerara caíram ontem na bolsa de Nova York, pressionados pela expectativa de que a produção global superará a demanda pelo terceiro ano seguido na safra 2012/13. Os contratos com vencimento em outubro ficaram a 19,29 centavos de dólar por libra-peso, queda de 17 pontos. Porém, com o dólar um pouco mais fraco ante o real, os produtores do Brasil (maior fornecedor mundial da commodity) preferem segurar as vendas, o que evitou um recuo maior nos preços. Arnaldo Correa, da Archer Consulting, disse à Dow Jones Newswires que as cotações devem encontrar um piso em torno de 18 centavos de dólar por libra-peso. No mercado interno, o indicador Cepea/Esalq para a saca de 50 quilos ficou em R$55,01, queda de 0,72%.


Compras técnicas


Após quatro pregões seguidos em queda, o café arábica fechou com ganhos ontem na bolsa de Nova York. Os papéis para entrega em setembro avançaram 95 pontos, a US$1,6080 por libra-peso. O dia foi marcado por um baixo volume de negociações e compras técnicas. No entanto, o dólar mais fraco ante o real freou as negociações do café brasileiro e colaborou para a alta das cotações. "Mas não veremos uma subida sustentável de preços", disse à Dow Jones Newswires o analista Márcio Bernardo, da Newedge USA. Para ele, os preços continuarão no patamar atual, já que a colheita no Brasil (maior produtor mundial) começou em maio, mas ainda não embalou. No mercado interno, o indicador Cepea/Esalq para a saca de 60 quilos ficou em R$363,28, queda de 1,30%.


Barreira psicológica


O cacau subiu ontem na bolsa de Nova York e os contratos para setembro fecharam a US 2.098 por tonelada, valorização de US$31. Durante a sessão, as cotações chegaram a US$2.100 por tonelada, mas encerraram abaixo desse nível psicológico. "Eu acho que há uma chance de o cacau fechar acima desse valor amanhã", disse Hector Galvan, analista da RJ O Brien, à Dow Jones Newswires. Para Drew Geragthy, da Icap Futures, a situação econômica mundial tornará difícil para a commodity testar patamares muito acima dos valores atuais. "Eu acredito que ainda levará um tempo para que as questões macro se resolvam", avaliou Geraghty. No mercado doméstico, o preço médio da arroba em Ilhéus e Itabuna (BA) saiu por R$71,33, segundo a Central Nacional de Produtores de Cacau.


Demanda em xeque


O algodão registrou perdas ontem na bolsa de Nova York, ainda sob a pressão da crise econômica na Europa e dos menores preços da fibra na China. Os contratos para outubro recuaram 107 pontos, para 67,78 centavos de dólar por libra-peso. "Os preços em Nova York não têm chance com as cotações chinesas atuais", disse Mike Stevens, analista independente, à Dow Jones Newswires. Traders temem que a menor renda dos consumidores possa afetar a demanda pela fibra. Além disso, na sexta-feira, o Comitê Consultivo Internacional do Algodão (Icac, na sigla em inglês) elevou em 9% a previsão para o excedente mundial da fibra na safra 2012/13. No mercado interno, a média do indicador Cepea/Esalq com os últimos 8 dias ficou a R$1,5260 por libra-peso, desvalorização de 0,78%.


Fonte: Valor Econômico. Pela redação. 5 de junho de 2012.



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