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Ministério de Minas e Energia muda regra de leilões de biodiesel


Segunda-feira, 14 de maio de 2012 - 09h08

O Ministério de Minas e Energia mudou as regras dos leilões de biodiesel feitos pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para atender à mistura obrigatória com diesel tradicional. A mudança foi publicada no Diário Oficial da União de sexta-feira (11).


A principal alteração é que o interesse das distribuidoras do combustível vai ser levado em consideração pela Petrobras já na hora de comprar o biodiesel dos produtores.


Isso significa que, além do preço mais baixo, a Petrobras vai comprar o biodiesel de acordo, por exemplo, com a proximidade entre o produtor e o distribuidor a quem ele terá que entregar o produto. A mudança é importante porque o custo de transporte impacta no preço do combustível para os consumidores.


Hoje isso só acontece após a Petrobras comprar o combustível no leilão. O modelo atual estabelece um primeiro leilão - em que os produtores vendem à Petrobras - e um segundo, em que a empresa vende às distribuidoras. Com a alteração, esse segundo leilão deixa de existir.


A participação da Petrobras como intermediária nos leilões de biodiesel feitos pela ANP é obrigatória, determinada pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).


"Com as mudanças, nós esperamos reduzir um pouco a interferência de governo e permitir que os agentes de mercado passem a participar mais no processo", disse o secretário de Petróleo, Gás e Biocombustíveis, Marco Antônio Martins Almeida.


Para ele, as novas regras podem levar a redução no preço do biodiesel. Ele também avalia que o novo modelo é "menos suscetível a combinação de preços" entre os fornecedores que vão participar do leilão.


A ANP comunicou recentemente à Polícia Federal uma suspeita de conluio em um leilão de biodiesel realizado no final do ano passado.


Os leilões de biodiesel acontecem a cada três meses. O primeiro a ser realizado com as mudanças será em junho. Os leilões servem para atender à regra que obriga a mistura de 5% de biodiesel no diesel tradicional.


Almeida disse que a quebra da safra de soja deve levar a aumento de preço do biodiesel - o óleo de soja é o principal produto usado no biodiesel. Ele descartou, porém, risco de falta do produto no mercado nacional.


Fonte: G1 Brasília. Por Fábio Amato. 11 de maio de 2012.



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