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Scot Consultoria

Porto em MT para escoar grãos pode aliviar em 50% valor gasto com frete


Quinta-feira, 3 de maio de 2012 - 09h19

O escoamento da produção agrícola de Mato Grosso - estado que mais produz grãos no Brasil - em direção aos portos brasileiros por meio das hidrovias impactará diretamente sobre o valor gasto com o frete. Além de minimizar o fluxo de veículos que rodam pelas rodovias do estado, o modal pode reduzir pela metade o que o setor produtivo aplica na hora de retirar grãos do estado, de acordo com a rota utilizada. No estado, onde nos próximos anos se prevê a construção de 11 usinas hidrelétricas pelos rios Tapajós, Arinos, Juruena e Teles Pires, a nova opção é vista como a saídapelo setor produtivo para gastar menos.


De acordo com a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (APROSOJA), para levar - por rodovia - os grãos até o Porto de Santarém, o frete exigido é de R$110 por tonelada. Com a hidrovia, o valor chegaria a R$56 por tonelada optando-se pela rota Cachoeira Rasteira (MT) a Santarém. A região em Mato Grosso situa-se em Apiacás, distante a 1.005 km de Cuiabá, e onde se pleiteia a construção de um porto.


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"Cachoeira Rasteira é um porto que se viabiliza fazendo as eclusas do rio Tapajós", explica Edeon Vaz Ferreira, coordenador-executivo do Movimento Pró-Logística, formado pela união de várias entidades do setor produtivo mato-grossense. Mas como destaca o representante, as hidrovias só serão possíveis caso sejam construídas junto às hidrelétricas as chamadas eclusas. Os mecanismos servem para elevar as embarcações no curso do rio.


As hidrelétricas previstas no plano decenal em Mato Grosso não contam com projetos para eclusas. Se viabilizadas, devem custar R$7 bilhões de acordo com o Ministério dos Transportes. O setor produtivo cobra do Governo Federal a elaboração de projetos para que as obras ocorram concomitantemente.


"As rodovias estão 400% acima da capacidade. A BR-163 vai ser paliativa, pois esse novo modal vai aliviar o tráfego pesado. Vamos gastar duas vezes se construirmos as hidrelétricas sem as eclusas", diz Mário Candia, da Associação dos Criadores de Mato Grosso (ACRIMAT), que integra o Movimento Pró-Logística.


Com o porto em Cachoeira Rasteira, conforme explica Edeon Vaz Ferreira, fala-se ainda em ganhos de até R$8 na saca de soja. O valor refere-se à economia a ser gerada deixando-se de escoar a produção no sentido Sudeste.


"Indo em direção a Santarém e Belém vai gerar uma diferença no custo de frete hoje calculada em R$8 por saca de soja", pontuou o representante.


As hidrelétricas programadas para Mato Grosso vão se concentrar no rio Tapajós (São Luis Tapajós, Jabotá e Chacorão). Para esta localidade, serão quatro eclusas.


No rio Teles Pires serão quatro hidrelétricas (São Manoel, Teles Pires, Sinop e Colíder), prevendo-se a construção de seis eclusas: uma em São Manoel, de duas a três em Teles Pires, uma eclusa em Colíder, além de uma última na região de Cachoeira Rasteira, em Apiacás, onde se pleiteia a construção de um porto.


No rio Arinos, onde serão construídas quatro hidrelétricas, serão quatro eclusas.


Fonte: G1 MT. Por Leandro J. Nascimento. 2 de maio de 2012.



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