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Agricultura às margens do Solimões, no AM, registra grandes perdas


Quinta-feira, 26 de abril de 2012 - 09h53

Dos 270 pés de banana que Josué dos Santos plantou no ano passado, não sobrou nada. A colheita seria agora em abril, mas a água chegou antes. "Já estou desesperado, eu não vou plantar mais porque a água está levando tudo".


Gonçales da Silva usa uma canoa para chegar ao curral onde cria 38 porcos. A cheia já matou três animais e ele não consegue madeira para aumentar o abrigo. Falta alimento para os bichos.


Na comunidade de Praia de Fátima, na margem esquerda do Solimões, o plantio de maracujá de Amélio de Souza está todo dentro d água. A canoa passa entre as poucas frutas que resistem. Na roça de mandioca, o agricultor tenta aproveitar os talos da planta para refazer a roça quando a água baixar.


Os peixes que o ribeirinho Roberto Silva captura servem para compensar, em parte, o prejuízo na agricultura. "Perdi a banana, a mandioca, tudo o que eu tinha plantado. Agora é esperar, plantar de novo para ver se a gente colhe."


Cento e noventa colônias de abelhas jandaíra, conhecidas na região como "abelhas sem ferrão", já correm o risco de serem inundadas. A água está a poucos centímetros das colmeias.


O Solimões sobe em média um centímetro por dia. Faltam 20 cm para atingir a maior marca da história, a de 1999, quando a cota do rio, no Alto Solimões, chegou a 13,82 metros.


Fonte: Globo Rural. Pela Redação. 25 de abril de 2012.



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